Vereador divulga nomes de policiais que facilitaram fuga de assassino

Vereador Professor Samuel/Foto: Tiago Correa

Vereador Professor Samuel/Foto: Tiago Correa


O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereadoProfessor Samuel (PPS) divulgou, ontem (02), os nomes dos policiais suspeitos de facilitarem a fuga do soldado da Polícia Militar (PM) Vicente de Souza Melo, apontado como responsável pela morte do motorista de ônibus Kelson Pinto, em um acidente de trânsito, no último sábado (30).

Segundo Samuel, os soldados da 6ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) Mauro Nascimento e Costa Aragão ajudaram Vicente a fugir do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), na Cidade Nova, para que ele não fosse preso em flagrante. Com esse procedimento, o PM se apresenta em outro dia sem ser preso e respondendo pelo homicídio em liberdade.

“Tivemos informações de testemunhas e do próprio colega de Kelson que esses policiais ajudaram o soldado Vicente a fugir. Até porque as evidências apontavam embriaguez do motorista. Um fato absurdo, senhores, que precisa ser investigado pela corporação. Por isso, fomos à Corregedoria fazer essa denúncia”, disse Samuel que é tio da vítima.

Kelson estava junto com o colega João Malisson, 35, em uma motocicleta a caminho do trabalho, às 4h30, do último sábado, quando foi atingido pelo carro de Vicente de Souza que vinha na contramão da avenida Max Teixeira, na Cidade Nova.

Os policiais chegaram a levar o suspeito até a 6° Companhia Interativa Comunitária (Cicom), mas deram cobertura a fuga de Vicente, que agora já é considerado um foragido. “Hoje, não estou aqui falando como um tio que perdeu de forma violenta um sobrinho, mas falando como um representante da população, que está indignado perante a proteção que estes policiais militares, que deveriam garantir a segurança do povo, deram a um assassino”, afirmou Samuel.

Samuel finalizou criticando, ainda, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu, recentemente, que o delito de homicídio praticado na direção de veículo automotor, quando o motorista está sob efeito de embriaguez alcoólica, não pode ser classificado como doloso (quando há a intenção de matar).

“Esta tipificação precisa ser revista, pois este ‘cidadão’ que ainda por cima é um policial militar estava alcoolizado e entrou na contramão, tirando assim a vida de um pai de família, jovem e que tinha um futuro pela frente, ou seja, bebeu e transformou seu veículo numa arma letal o que lhe qualifica como um assassino” finalizou o vereador.

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