
O vereador Everaldo Farias (PV), autor da emenda ao Plano Diretor que prevê a instalação subterrânea da fiação de energia elétrica na capital, anunciou que nos próximos dias irá se reunir com a diretoria executiva da Eletrobras Amazonas Energia, para saber como a empresa poderá colocar em prática a mudança do sistema de fiação elétrica da cidade.
“Pela emenda aprovada no Plano Diretor, a concessionária terá três anos para se readequar e inclusive priorizar as obras para as ruas do Centro de Manaus. Então, agora é o momento de não se furtar a conversar conosco para que possamos discutir uma forma madura e responsável de adequação da nova norma”, concluiu Everaldo.
Segundo ele, a proposta deverá solucionar também os casos de furto de energia elétrica em Manaus que, de acordo com a Eletrobras Amazonas, chegou a 11 mil casos no período de abril a setembro deste ano, gerando o desvio de R$ 53,3 milhões no faturamento da empresa.
O parlamentar lembrou que a concessionária chegou a argumentar, durante uma audiência pública na Câmara Municipal de Manaus, neste ano, que não possui verba para realizar a implantação subterrânea do sistema elétrico que deveria constar no relatório de metas da empresa.
“Se a própria Amazonas Energia divulga nos veículos de imprensa que está tendo um prejuízo de milhões de reais devido ao furto de energia, estamos lhes oferecendo esta emenda como solução”, declarou o vereador.
Além da redução do furto de energia, a emenda que altera o Projeto de Lei Complementar nº 004/2013, no qual trata do Código de Posturas do Município de Manaus, também poderá reduzir as interrupções de energia causadas pela chuva (apagões) e garantir melhor acessibilidade nas calçadas para pessoas com dificuldades de locomoção.
“Esse discurso que não se tem verba para investimentos nós não iremos mais aceitar. Se a fiação subterrânea já é realizada em outros estados e países, aqui no Amazonas também é possível. Eles (Amazonas Energia) têm técnicos e engenheiros capazes de elaborar um projeto. Acredito que falta mais responsabilidade”, afirmou Everaldo.