A indicação que o vereador Mário Frota (PSDB), fez na tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM) semana passada, sobre uma possibilidade de se fazer rodízio de placas em Manaus soou como mais uma bomba jogada na cabeça dos condutores de veículos, que circulam no caótico transito de Manaus.
O próprio vereador admite, que a ideia deu o que falar. Além de merecer páginas e publicações na mídia manauara, e nas redes sociais, com pessoas apoiando e outras refutando totalmente a ideia.
“Acertei no alvo ao colocar em discussão uma ideia, que tem como meta, melhorar o trânsito infernal que enfrentamos no nosso dia a dia”, disse ele em nota enviada à imprensa local. O que o vereador deixou de falar, no entanto, é que a solução para o trânsito da cidade passa por planejamento urbano, que Manaus não tem, construção de novas vias, que o prefeito Arthur Neto insiste em mudar de assunto.
Manaus carece de investimentos em projetos de engenharia de trânsito, com passagens de níveis, viadutos com retornos, alças, passarelas, iguais aos existentes nos grandes centros urbanos de outros estados. Mas a prefeitura insiste em “estreitar as principais pistas” ao pitar faixas em vez de construir corredores e vias exclusivas para o transporte de massas.
A cidade sofre de um mal crônico de gestão. Entra prefeito, sai prefeito e o que se vê, são novas invasões promovidas por velhos e conhecidos grileiros, concessões de serviços a empresas não idôneas, gastos astronômicos na compra de publicidade promocional para o prefeito da vez.
Talvez seja por isso que a brilhante ideia do vereador Mário Frota tenha levantado tanta polêmica. Se a proposta é aprovada pela CMM e sancionada pelo executivo, os condutores de veículos terão que trafegar com um olho na pista e o outro no calendário, no mapa da cidade e em um GPS à bordo. No final do dia, estará pronto para fazer uma visita ao Hospital Eduardo Ribeiro.
