

O pedreiro Janderson Xavier Rangel, de 25 anos, foi condenado a 43 anos e 10 meses de prisão pela morte da ex-namorada e do filho dele, de quatro anos. O julgamento do crime ocorrido em 2012 foi ontem, terça-feira (15), no Fórum dr Cuiabá, e durou mais de oito horas. As vítimas foram assassinadas dentro da casa onde moravam, no Bairro Serra Dourada, na capital.
No julgamento, o primeiro a depor foi o pai de Ariely Lopes, de 20 anos, o sargento da PM, Emilton Jorge da Silva. Em seguida, uma prima e uma tia da vítima também foram ouvidas. A última a depor foi a namorada do acusado na época do crime. Após os depoimentos, o julgamento foi suspenso por 15 minutos.
Depois de retomado o julgamento, foi a vez do réu dar a versão dele sobre os fatos. Durante o depoimento, ele mudou as versões apresentadas anteriormente na delegacia de Polícia Civil e disse ainda que o tiro que matou o filho foi acidental.
Questionado sobre a morte da ex-namorada, ele alegou tê-la matado no impulso, sem pensar. “Foi coisa de momento. Não foi planejado. Não iria fazer uma barbaridade dessas e peço que Deus me perdoe”.
A defesa do acusado alegou que o crime não tinha caráter passional e entre as motivações teve a insistência de Ariely em manter uma relação com o réu.
Na maior parte do tempo, a mãe de Ariely, Osmarli Lopes Vieira da Silva, ouviu os depoimentos de cabeça baixa e olhos fechados.
O crime ocorreu no dia 1º de novembro de 2012. Jeanderson teria ido até a casa da ex-namorada. Na residência, disparou três vezes contra a ex-namorada e, em seguida, foi até o quarto onde o filho dormia e o matou também com um tiro na cabeça. Ele confessou a autoria dos assassinatos, mas não justificou o motivo de ter matado mãe e filho.(G1)