Doze municípios localizados nas calhas dos rios Solimões, Purus, Madeira e Região Metropolitana de Manaus foram escolhidos para formarem a Rota do Açaí, e em cada município vai ter um articulador da atividade, que será um técnico do Governo do Estado, que vai coordenar e selecionar inicialmente 96 famílias que vão receber treinamento para depois investir no cultivo ou na coleta de açaizeiros nativos.

Segundo o extensionista Jamilson Laray, que representa o Idam do município de Rio Preto da Eva, “a prioridade é para o produtor rural que já possui Crédito Rural na cultura do açaí, depois vamos cadastrar os produtores que já são produtores de Açaí partindo de um hectar”, destaca.
Na proposta consta também a participação dos interessados e dos extensionistas a metodologias como cursos, excursões, visitas técnicas, criação de unidades demonstrativas e de observação da cultura do açaí e manter intercâmbio tecnológico com os centros produtivos, o Estado do Pará.

O cultivo de açaí é uma atividade muito rentável e comprovadamente auto sustentável ambiental e economicamente. Segundo Jamilson Laray, técnico do Idam, 1 hectar (10 mil metros quadrados) de área plantada, bem manejada, chega a produzir 240 sacas de frutos e pode render cerca de 24 mil reais. E se essas 240 sacas forem beneficiadas, transformadas em polpa, agrega mais valor ainda e pode render até 38 mil reais ao produtor.
Mas o grande gargalo, a maior dificuldade, dos agricultores e produtores são as exigências descabidas e cheias de preciosismo do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, o IPAAM, através da portaria 087 que restringe o acesso ao crédito rural no Estado.