Greve do Especial: segunda feira (26) o Distrito Industrial pode amanhecer parado, sem transportes

Sindespecial e Metalúrgicos prometem paralisação nesta segunda feira (26) em todo o DI - foto: recorte/vídeo/arquivo

Transporte Especial, que faz as Rotas para Distrito Industrial em Manaus, promete greve e paralização da frota a partir de segunda feira (26)


Os trabalhadores e diretores do Sindicato dos Transportes Especiais do Amazonas (Sindespecial), não aceitaram os 4% de reajuste salarial sugeridos pelos empresários donos da frota de ônibus que faz Rotas para o Distrito Industrial em Manaus.

Com isso, a categoria deve entrar em greve a partir de segunda feira (26), com bloqueios em todas as rotatórias (Bolas) do Polo Industrial de Manaus (PIM). O comunicado é dos diretores do Sindicato da categoria.

Apoio dos metalúrgicos

“Vou conversar com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Valdemir Santana, para ele dar apoio à paralisação a partir da Bola da Samsung”, comentou o presidente do Sindespecial, William Enock.

Presidente do Sindespecial, William Enock, junto com Gabriel Enock e Leandro – foto: recorte/vídeo

De acordo com Enock, a greve é a única forma de fazer com que os empresários entendam a reivindicação dos trabalhadores e possam melhorar a proposta de 4% de reajuste sugeridos por eles. A categoria não aceita. “pior é 4% linear, para os salários, benefícios e todos os ganhos”, questiona.

O Sindicato também está pedindo o salário unificado para todos os motoristas, independente se é de veículo Leve, Médio ou Pesado. “Estamos querendo que todos tenham o mesmo salário”, classifica.

Até o momento, os empresários não responderam às reivindicações dos trabalhadores. Querem continuar com o salário de Carro Leve para para os motoristas de Ônibus.

Participação da Categoria

“Vamos para a greve, para tentar forçar uma proposta melhor dos empresários. Eu conto com a categoria, no momento que ela quiser parar, o Sindicato vai estar lá na rua, lá no Distrito Industrial, que é o nosso ponto de paralisação”, pontuou o presidente do Sindespecial.

Enoque garante que o ponto de paralização é o Distrito Industrial porque é neste setor onde passam todas as rotas, onde estão todas os trabalhador que apoiam essa greve, que é para o seu reajuste salarial. O motorista chega e lá pega, puxa o freio de mão, conversa com o sindicato.

O presidente William Enock conta, no entanto com a participação em massa da categoria. “Se a gente fizer direitinho, se a categoria estiver unida, nós vamos avançar para um reajuste maior que os 4% e mais benefícios para todos”, disse.

Programa de Rádio

Durante participação no programa de Rádio, a Verdade do Trabalhador, o advogado trabalhista Jorge Guimarães, ressaltou que o chamado do Sindicato é um chamado para a união da categoria em cima de uma proposta que vai beneficiar a todos. “Quando o trabalhador estiver passando pela manifestação, se não puder ficar, pelo menos se manifeste. Fique algum tempo, deixe a sua contribuição para o movimento”, aconselha.

Advogado Jorge Guimarães – foto: arquivo

Exemplificando situações ocorridas no Distrito Industrial, Guimarães lamenta que em muitos casos, o trabalhador se recusa até em receber o ‘panfleto’ que a diretoria do sindicato está entregando. Em outras manifestações, o diretor está com o carro de som, falando alto e o trabalhador não quer nem saber, não quer ouvir o que está sendo dito ali.

No entanto, quando ele é demitido da empresa, ou então quando não recebe a rescisão contratual ou, ainda quando desconta alguma coisa dos seus ganhos, ele corre para pedir socorro justamente ao jurídico do Sindicato.

Daí o motivo dele sugerir aos trabalhadores que prestigiem a luta do Sindicato, para fortalecer o Sindicato, contribuir com o Sindicato, se associar ao Sindicato, fortalecer o Sindicato.

“Como atendo nos Sindicatos, eu fico muito triste de ver o trabalhador demitido, indo ao Sindicato cheio de problemas pedindo ajuda, querendo uma uma carta, dizendo que está  doente, querendo encaminhamento para a empresa. “É quando eu pergunto: você era contribuinte do Sindicato? Não!”, lamenta Jorge Guimarães.

“O sindicato é um instrumento de luta, da classe trabalhadora, que o trabalhador pode não estar precisando, mas pode precisar um dia, e a gente não se nega a atender o associado, nunca”, finaliza.

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