
O 22 de abril (também data do descobrimento do Brasil) foi instituído como o Dia Internacional da Mãe Terra, visando gerar uma consciência universal sobre os problemas que afetam a qualidade de vida e sobre a importância da conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais vinculadas à proteção da Gaia, a Mãe Terra. A data foi criada pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, no dia 22 de abril de 1970. Em 2025 a data tem como tema: O Nosso Poder, O Nosso Planeta. Efetivamente, mais do que uma oportunidade para conscientização ambiental, evidencia a oportunidade estratégica de repensar como o setor produtivo em todo o mundo – especialmente o agroindustrial – vem gerenciando os recursos naturais que sustentam suas operações. A propósito, em um ano em que o Brasil sediará a COP30, com foco na Amazônia — um dos territórios mais estratégicos do país e do planeta — é fundamental lembrar que a preservação do planeta começa com uma gestão eficiente da água, que ocupa papel-chave quando empreende estratégicas ações de liderança dessas transformações.
No conjunto do Universo (tudo o que existe, o espaço, o tempo, a matéria e a energia, incluindo astros como estrelas, planetas, galáxias e outros componentes), a água, particularmente, é o elemento essencial da produção agrícola. Cerca de 70% da água doce disponível no mundo é utilizada na agricultura. Ônus que a necessidade de produzir alimentos, inelutavelmente, impõe. No Brasil, esse percentual é ainda maior. Segundo estudos da Embrapa, já foram desenvolvidas tecnologias e modelos de negócio capazes de reverter o desperdício, aumentar a produtividade e, ainda, gerar valor ambiental mensurável. Entretanto, sem uma ação coordenada, continuaremos enfrentando riscos que podem comprometer a segurança alimentar e a estabilidade econômica do setor. De fato, ao que afiança artigo publicado no site Notícias Agrícolas, “a agricultura regenerativa, a digitalização da irrigação e o uso de ferramentas baseadas em dados estão se consolidando como vantagens competitivas”.
Esses elementos ajudam a construir cadeias de suprimentos mais resilientes e transparentes, reduzindo custos, elevando a produtividade, a previsibilidade e fortalecendo o vínculo com consumidores cada vez mais exigentes. Em outras palavras, “cuidar da água já não é apenas uma responsabilidade socioambiental: é inteligência empresarial”. Para atingir os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), uma coleção de 17 metas globais estabelecidas pela ONU em 2015, estão sendo estimuladas iniciativas sobre divulgação de compromissos ambientais nas redes sociais, organização e participação em eventos locais, inclusão de conteúdos sobre sustentabilidade nos programas educativos e apoio financeiro a projetos ambientais. A história tem demonstrado que ações coletivas geram mudanças significativas. Com o planeta a enfrentar desafios como as alterações climáticas e a perda de biodiversidade, a mobilização de indivíduos, empresas e governos torna-se essencial. A “Earth Day Network” enfatiza que a preservação do ambiente depende do esforço conjunto de toda a sociedade.
De acordo com estudo publicado no site Notícias Agrícolas, face à proximidade da COP30, a se realizar em Belém do Pará, “o Brasil tem uma vitrine única para mostrar ao mundo que é possível produzir com responsabilidade. A agenda climática não avançará apenas com tratados e declarações, mas com ações concretas nos territórios — e muitos agricultores brasileiros já estão dando passos reais nessa direção. Com o apoio adequado, podem acelerar transformações fundamentais. Ao celebrar o Dia da Terra, o convite é claro: é hora de transformar o zelo com a água em uma vantagem competitiva. A sustentabilidade já não é um custo, é motor de inovação, reputação e crescimento. E quem entender isso primeiro, estará um passo à frente na construção de um futuro próspero — para os negócios e para o planeta”.