
Armas compradas sob Bolsonaro somem do radar da PF: quase 7.600 seguem sem recadastramento
Cerca de 7.600 armas de uso restrito compradas por CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) durante o governo Bolsonaro não foram recadastradas junto à Polícia Federal, segundo revelou a Folha de S.Paulo.
O que preocupa:
Armas como fuzis, pistolas de alto calibre e submetralhadoras estão sem controle oficial.
Recadastramento era obrigatório e terminou em abril de 2023.
Governo Lula tenta rastrear e controlar o arsenal civil, mas milhares ficaram fora do sistema.
Crime organizado
A explosão de registros no governo Bolsonaro facilitou o acesso a armamentos. Agora, parte desse arsenal pode ter ido parar nas mãos do crime organizado.
A Polícia Federal (PF) deve intensificar ações para localizar e apreender o que não foi regularizado até a data limite.
Responsabilidades
A previsão é que, a partir de julho de 2025, a responsabilidade pela fiscalização dos CACs seja transferida do Exército para a Polícia Federal. Hoje, a falta de pessoal e cortes orçamentários são apontados como entraves para a efetivação da medida. Segundo o Ministério da Gestão, foram autorizadas 1.392 novas vagas para a PF, com previsão de mais mil até 2026.
Especialistas como Bruno Langeani, do Instituto Sou da Paz, e Roberto Uchôa, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, criticam a morosidade do governo na localização das armas irregulares e apontam falhas de integração entre os sistemas da PF e do Exército. Para eles, o número de armas sem controle é suficiente para armar uma brigada militar e deveria motivar ações imediatas de fiscalização e repressão.
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