Nascido em Chicago, EUA, Prevost, 69 anos, torna-se o primeiro papa norte-americano e também o primeiro oriundo de um país de maioria protestante.
Apesar da origem, sua trajetória religiosa se consolidou na América Latina, sobretudo no Peru, onde atuou por mais de uma década e ganhou destaque até chegar aos altos cargos da Cúria Romana.
Antes da eleição, ocupava dois postos importantes no Vaticano: prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.
Discreto e de voz serena, Prevost evita os holofotes, mas é visto como reformista, alinhado ao pontificado de Francisco. Tem sólida formação em teologia e direito canônico.
Ingressou na vida religiosa aos 22 anos. Estudou teologia em Chicago e direito canônico em Roma. Foi ordenado padre em 1982 e iniciou sua missão no Peru em 1984, passando por Piura e Trujillo, onde permaneceu por dez anos e se destacou por cobrar desculpas públicas pelos abusos do regime Fujimori.
Em 2014, assumiu a Diocese de Chiclayo, sendo nomeado bispo. Enfrentou sua maior crise em 2023, quando três mulheres o acusaram de acobertar abusos cometidos por padres quando eram crianças. Prevost recebeu os relatos em 2022 e encaminhou ao Vaticano, que ainda investiga o caso. A diocese nega acobertamento.
Durante sua atuação no Peru, ocupou cargos na Conferência Episcopal e foi nomeado para órgãos da Cúria. Em 2023, tornou-se cardeal, cargo que ocupou por menos de dois anos antes de ser eleito papa — um feito incomum na Igreja atual.
Durante uma internação de Francisco, liderou uma oração pública pela saúde do pontífice no Vaticano.
Fonte: g1
