A matemática do Poder: Fantástico + Braga – TSE x José Melo = Parisotto

Lírio Parisotto no suporte a uma campanha frustrada do senador Eduardo Braga.

No domingo, 5 de junho, o programa dominical Fantástico, da Rede Globo, trouxe uma matéria sobre um suposto “esquema político” que tinha como finalidade “virar o jogo” na disputa de poder de Eduardo Braga contra José Melo e o seu propósito de montar barraca no governo do Estado do Amazonas. A notícia  gerou expectativa, mas foi nitidamente frustrada pela divulgação maciça das redes sociais e portais de notícias, sobre o que a Globo diria no programa Fantástico.


Dito e certo, o programa requentou matéria e trouxe de novo, um suposto oficial militar, até então não identificado, que alegou ter participado de um suposto esquema de compra de votos na campanha de Melo.

O Fantástico jogou no ar alguns áudios e imagens nitidamente fora de contexto, mas, segundo informes, deixou de veicular outros áudios, que a própria Rede Globo não tinha certeza da sua veracidade.

Dia, 6 de junho, a TV Amazonas requentou a matéria, novamente e acrescentou áudios descartados pela própria Rede Globo, o que causou estranheza, inclusive, à produção do “Fantástico”.

Hoje, a mídia local já noticia que o oficial militar, que deu entrevista ao Fantástico, o Coronel Fabiano Bó, que tinha dito que trabalhou na campanha de José Melo, na verdade, ele foi cabo eleitoral de Eduardo Braga, o que causou revolta na produção do “Fantástico”, desacreditando todo o conteúdo da matéria jogada no ar.

A quem interessa essa farsa?

Existem muita coisa em jogo nesse processo, que visa à cassação de José Melo. Existem muitas pessoas interessados na queda de José Melo. Por que?

Eduardo Braga

O Senador Eduardo Braga: com o afastamento de Dilma e o enfraquecimento do poder político de Lula, ele não tem mais trânsito em Brasília capaz de fazer sua “política” rumo a seu sonho, que era ser Presidente da República.

Supostamente ao assumir o governo do Estado do Amazonas, Braga deslocaria a investigação de seu nome na operação “Lava Jato” que tramita no STF para o STJ, onde seu acesso é bem melhor e, foge da exposição do caso no STF, bem como, não caiará nas mãos do juiz Moro e de quebra, viabiliza o cumprimento da promessa feita à Lírio Parisotto que assumirá o Senado Federal.

Lírio Parisotto

Formado em Medicina pela Universidade Caxias do Sul, o primeiro empreendimento do médico Lírio Parisotto foi a Videolar em Manaus, que gerou os recursos necessários para que ele multiplicasse seu capital através da Bolsa.

Utilizando critérios de análise fundamentalista semelhantes aos utilizados pelo mega investidor americano Warren Buffet, Lírio alcançou um patrimônio considerável em ações e manteve a calma, mesmo nos piores momentos da crise de 2008.
Hoje seu fundo tem um valor superior a R$1,3 bilhão de reais.

Mas para se sentir realizado, Lírio ainda precisa alcançar algo. Ele sonho sentar em uma cadeira do Senado Federal e Parisotto seria diretamente beneficiado pela saída de Eduardo Braga para assumir o governo do Amazonas.

Com a renúncia de Braga, Sandra Braga, 1ª Suplente, teria a desculpa de ajudar o esposo no Estado e abriria a vaga para Parisotto realizar seu eterno sonho. Ele quer ser senador a qualquer custo.

Na esteira do sucesso e poder, um dos maiores grupos regionais de comunicação do Brasil, a RBS, afiliadas da Globo em Santa Catarina, foi comprada pelo empresário Lírio Parisotto.

O grupo NC, de Parisotto e Sanchez, assumiu as seis emissoras de televisão e as operações de rádio e jornal da RBS em Santa Catarina.

Juntas, as seis geradoras cobrem 6,7 milhões de telespectadores, que respondem por 4,6% do potencial de consumo do Brasil.

No TST

Tramita em grau de recurso o processo que cassou José Melo por decisão do TRE-AM. Consta do recurso que Melo teve seu direito de defesa cerceado em razão de ter o relator negado o pedido de perícia e oitiva de testemunhas.

Em razão das reiteras decisões do TSE, vários juristas afirmam, a decisão que cassou Melo será anulada e voltará para que sejam feitas as perícias e oitivas requeridas para defesa.

Pessoas ligadas a José Melo, afirmar que a matéria do “Fantástico” teve o objetivo de tentar apreçar e influenciar no julgamento do recurso que tramita no TSE.

A tentativa é para que aconteça o mesmo que ocorreu no TRE-AM, onde no momento do julgamento, vários membros da Corte se referiam a fatos, que sequer faziam parte dos autos, deixando de observar o princípio mais simplório do processo judicial de que “o que não consta dos autos, não existe no mundo jurídico a ser julgado”.

Basta saber se irá surtir o efeito desejado.

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