Abian, da baiana Mayara Ferrão, no Palco Giratório

Foto: Divulgação

“Abian” – Ngàbyí = abençoado e Yìán = O escolhido, é um videoarte/web espetáculo em 360º, dirigido por Mayara Ferrão, com texto e performance de Diego Mavamba, direção musical de Filipe Mimoso e produção executiva de Ismael Fagundes, produzido em 2021 pelo estúdio criativo e selo musical GANA. O espetáculo busca desmistificar traumas dos corpos negros entre os discursos dos mitos pessoais, dos percursos pré-iniciáticos a partir da cosmologia afro-brasileira e das narrativas cotidianas desprogramadas.


O projeto discute o elo entre o sagrado, o profano e a ancestralidade viva através de uma epopeia decolonial. Um mergulho íntimo entorno dos atravessamentos espirituais, das descobertas, do mistério, do trajeto que se percorre. Apropriando-se do inconsciente coletivo negro e das experiências pessoais enquanto abiãs dos realizadores do projeto, Abian busca traduzir imageticamente e sonoramente a conexão que existe entre o Òrun (o mundo espiritual) e o Àiyé (omundo físico).

No dia 06 de junho, às 16h, lançamento com a roda de conversa sobre o espetáculo no canal do youtube do SescBrasil. Já nos dias 07 a 09 e 14 a 16 de junho, sempre às 20h, haverá apresentações no mesmo canal.

Sobre artista

Mayara Ferrão é artista visual, bacharela em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia. Cofundadora do Estúdio criativo e Selo musical GANA, fundado em 2018 na cidade de Salvador. Seu processo de múltiplas experimentações artísticas caracteriza-se principalmente pela ilustração (@verdadetropical) e fotografia, atuando também como diretora criativa e realizadora audiovisual. Se apropria da tecnologia de vídeo para imaginar e construir narrativas negras através de videoarte, videoclipe e documental. Sua vivência enquanto mulher negra, a ancestralidade, signos e elementos da cultura afro-brasileira são a principal fonte de inspiração e pesquisa base da artista.

Sobre o Palco Giratório

O projeto é realizado em quatro etapas, começou em maio e vai até novembro. Em cada uma, três trabalhos serão apresentados. Além das exibições de espetáculos, haverá ‘ativações cênicas’, conversas digitais com os artistas antes da estreia dos trabalhos na programação, ‘intercâmbios’ online entre os artistas nacionais e locais, oficinas de crítica que percorrerá todas as etapas.

O público vai ser apresentado a 12 obras cênicas digitais e 1 proposta de mediação cultural produzidas no período da pandemia de Covid 19. O Palco Giratório vai revisitar e permitir a experimentação de tais obras como oportunidade para refletir sobre os impactos dessas criações, que usaram meios digitais na produção cênica.

As transmissões serão diferenciadas, mas todas ocorrerão em ambiente virtual. Em 2022 serão realizadas 162 apresentações artísticas e 200 ações formativas. Também ocorrerão apresentações de artistas e grupos locais, em formato digital ou presencial, nos estados brasileiros e no Distrito Federal. Ao longo do ano, será mobilizado um conjunto aproximado de 103 coletivos artísticos de todo o país.

Para mais informações e programação completa, acesse o site: www.sesc.com.br/palcogiratorio.

 

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