AC: Devido aos assaltos, donos fecham postos à noite em Rio Branco

Assustados com o número de assaltos ocorridos em postos de combustíveis de Rio Branco alguns empresários optaram por fechar as portas durante a noite.


Um levantamento do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo e Lubrificantes do Acre (Sindepac) aponta que entre janeiro e maio deste ano pelo menos 14, de 38 postos pesquisados, sofreram assaltos.

Segundo o sindicato, ao menos dois, dos 32 associados, já teriam passado a fechar as portas durante a noite. Proprietário do Auto Posto Castanheira, na Estrada da Floresta, em Rio Branco, Lincoln Lima é um deles.

“Agora funcionamos no máximo até meia noite, fechamos e abrimos só durante o dia. É um descaso com a gente. Já liguei várias vezes e solicitei mais rondas no local, mas a polícia não está dando assistência”, reclama o proprietário.

A decisão de Lima ocorreu após o terceiro assalto em menos de um mês. “Ontem [quarta-feira, 1] chegou um grupo armado dentro de um táxi, rendeu a frentista e levou o dinheiro que ela tinha na mão. Coloquei a equipe da noite para trabalhar durante o dia, mas eles estão com medo”, lamenta.

Os outros dois assaltos no posto ocorreram em um intervalo de menos de 13 horas. O primeiro vez no início da tarde e o segundo durante a madrugada.

Rondas reforçadas
O diretor de operações da Polícia Militar do Acre, coronel Marcos Kinpara, disse que o policiamento será reforçado na região. Sobre os constantes assaltos aos postos, o coronel afirma que a polícia tem estudado estratégias para diminuir esse tipo de ocorrência.

“Estamos montando uma grande operação da segurança e temos as outras operações que ajudam no combate. A polícia está fazendo a parte dela. Em média prendemos 10 pessoas em fragrante por dia, mas infelizmente às vezes encontramos o cidadão na rua no outro dia”, salienta.

Ideia é não fechar, diz presidente
O presidente do sindicato, Delano Lima, diz temer que o número crescente de assaltos possa provocar o fechamento de postos.

“Os empresários estão preocupados. Os postos são os estabelecimentos que mais têm sofrido com essa onda de assalto. Estamos orientando que coloquem mais câmeras, não guardar dinheiro na pista e vamos ver se a Secretaria de Segurança pode ajudar colocando mais rondas nos postos. A ideia é não fechar”, finaliza o presidente.

(BKS)

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