Advogado Amadeus Maués se envolve em mais um caso polêmico de Sindicato

Sindicalistas cumprindo ordem de ninguém entra, ninguém sai ate a decisão da justiça - foto: divulgação

O advogado Amadeu Jardim Maués, mais uma vez, se envolve em problemas de Sindicatos no Amazonas. Dessa vez, ao confrontar suposto proprietário de um terreno na Avenida Brasil ao lado do CAIME (Centro de Atendimento Integral ao Idoso), Zona Oeste de Manaus.


O proprietário do terreno Jailton Bezerra, alega que adquiriu o terreno através de leilão de penhora, mas hoje, durante visita ao local foi praticamente expulso de sua propriedade pelo advogado invasor. O Caso foi parar na 19ª Cicom, com registro de Boletim de Ocorrência e convocação do advogado para prestar depoimento.

De acordo com Jailton, Amadeu estaria grilando o terreno alegando, segundo ele, que seria uma doação de um Coronel de Exército, por nome de Crisóstimo e, que o terreno era destinado à construção da sede do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Cargas do Amazonas (Sindicargas), mas sem apresentar nenhuma documentação, nem de doação do Coronel do Exército e nem que seria para a construção da sede do Sindicato.

Terreno em questão na Avenida Brasil, Zona Oeste – foto: divulgação

Sindicargas

Arrolado no caso, o presidente do Sindicargas, Carlos Gonzaga se manifestou dizendo que o terreno não tem proprietário legal, que são terras devolutas e que está sujeita ser adquiridas pelo sistema de usucapião.

Carlos disse que concordou com a ocupação do terreno unicamente porque ele foi doado pelo Coronel de Exército Crisóstimo. O terreno, segundo ele, abrigará a sede do Sindicargas e também será utilizado para a construção de residências populares para trabalhadores do sistema.

Sindicalistas cumprindo ordem de ninguém entra, ninguém sai ate a decisão da justiça – foto: divulgação

O presidente anunciou ainda que amanhã (06), apresentará a documentação de doação e da origem do terreno às autoridades competentes. Desde ontem, ele mantem uma equipe de diretores do sindicato acampado na calçada, em frente ao terreno, para garantir que ninguém entre no local até a solução do caso na Justiça.

BO feito por Jailton Bezerra – foto: divulgação

Texto na íntegra de Jailton Bezerra enviado ao Correio da Amazônia, relatando os acontecimentos:

Bom dia,

“Só pra informar o ocorrido ontem no terreno de minha propriedade que está em nome de minha esposa e de meu sócio.
Estamos fazendo uma guarita na entrada do terreno.

Com entrada pela Av. Brasil ao lado do CAIME (Centro de Atendimento Integra ao Idoso).

Quando na tarde desse dia 03 de setembro, às 15:30 hs, os trabalhadores de obra foram abordado por uma pessoa denominada procurador do coronel do exército da 12° região militar de nome Crisóstimo.

Chegou dando ordem para se retirarem do local, Pois os mesmo estavam invadindo terras de propriedade do Exército.

Fui até o local para ver do que se tratava, ao chegar lá não se encontravam mas no local.

Pela manhã do dia 04 de setembro, me dirigi ao quartel da 12ª Região Militar situado ao lado do conjunto Aruanã, e falei com o oficial do setor de património do exército, onde o mesmo me relatou desconhecer o tal coronel Crisóstimo. E que o mesmo não fazia parte do corpo de oficiais daquele quartel.

E nos informou também através de desenho topográfico quê o terreno ao lado do quartel não pertencia ao Exército.

Ao sair do quartel, recebi telefonema dos trabalhadores da obra, onde informaram que o advogado do coronel Crisóstimo estava lá, e pediu para parar novamente o serviço.

Me dirigi para lá, e me deparei com o Advogado Amadeu Jardim Maués. Me identifiquei e o mesmo se identificou como Proprietário da área, pois tinha recebido do coronel Crisóstimo como pagamento de serviço advocatício.

Perguntei dele pela documentação que ele teria da referida área. O mesmo só me mostrou topografias com coordenadas geográficas. Disse a ele que aquilo não era registro de imóveis, e que eu tinha era o registro de imóveis de área registrada em cartório.

Quando ele percebeu que não iríamos ceder a pressão dele, o advogado Amadeu Maués me puxou para o lado e sugeriu um acordo, para que não levasse a questão para a justiça, pois ele disse que iria criar um tumulto jurídico e, nos só teríamos a perder.

Falei a ele que iria fazer um Boletim de Ocorrência (BO) do acontecimento. Ele disse que iria convocar Toda a diretoria do Sindicato dos Transportes de Cargas, juntamente com os trabalhadores, como também, outros sindicatos que ele controla. E iria colocar para fora do terreno, quem insistisse em ficar lá.

Pedi para ele se retirar do terreno junto com o pessoal dele, pois ele estava invadindo uma propriedade particular.

As 14:50 do mesmo dia, Amadeu enviou mas de 20 pessoas encabeçada pelo o Sr. Carlos Gonzaga (presidente do Sindicargas). E expulsaram do terreno os trabalhadores da obra.
Daí, fui até lá e pedi para o pessoal, que o advogado Amadeu tinha enviado, para que se retirassem do terreno. Os mesmos não saíram. Chamei a polícia e fomos para a delegacia. Fiz um B.O relatando o ocorrido e mostrei a documentação do terreno. O escrivão não fez o B.O para a parte do Amadeu.

A parte do Amadeu não apresentaram documento algum. O Delegado de plantão chamou o Estagiário de advocacia do escritório do Amadeu, que estava acompanhando o pessoal do Sindicato e disse a ele que queria o Amadeu comparecesse lá na delegacia com os documentos que ele alegavam ter do terreno.

O Amadeu ligou e disse que só iria hoje (05.09). Estamos aguardando o Amadeu ir lá na delegacia até agora. Hoje fui levar os trabalhadores lá no terreno para continuarem o serviço e me deparei com um monte de capanga do Amadeu e do Carlos Gonzaga, obstruindo a entrada do imóvel, conforme foto.

Vamos ficar no aguardo”.

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