Aleitamento materno reduz riscos de infecções na infância em até 70%, destaca Segeam

Foto: Divulgação/Segeam

Associação realiza campanha de arrecadação de potes de vidro para Bancos de Leite e incentiva amamentação no ‘Agosto Dourado’


Bebês que mamam no peito têm até 70% menos chances, em média, de desenvolverem infecções na infância. O dado é de um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Saúde e pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças, ambos dos Estados Unidos. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), bebês alimentados a partir do leite materno têm diminuídas de forma significativa, as chances de desenvolvimento de doenças na fase adulta.

Os dados são destacados pela Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), que realiza campanha para apoiar o funcionamento de Bancos de Leite Humano de maternidades de Manaus, por meio da arrecadação de potes de vidro para armazenamento de leite materno. A campanha acontece em alusão ao “Agosto Dourado”, mês dedicado ao incentivo a amamentação.

A enfermeira especialista em obstetrícia, Andressa Costa, supervisora de Enfermagem da Associação Segeam na Maternidade Ana Braga, unidade de referência no atendimento de urgência e emergência obstétrica neonatal, explica que a campanha Agosto Dourado tem ajudado a trazer à tona detalhes que fazem a diferença na vida dos pequenos, como a duração da amamentação, exclusividade nos primeiros meses de vida, entre outros aspectos que destacam os benefícios incontestáveis da prática.

O “Agosto Dourado” foi escolhido pela OMS para conscientizar a sociedade sobre os benefícios do leite materno, considerado um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento saudável das crianças nos primeiros anos de vida.

Foto: Divulgação/Segeam

Amamentar auxilia na parte nutricional dos bebês, mas também dá o suporte necessário ao crescimento físico e cognitivo. “O leite materno é fonte de nutrientes essenciais e contém anticorpos naturais que fortalecem o sistema imunológico das crianças, ajudando a protege-las de várias doenças”, explica Andressa Costa.

“Na maternidade Ana Braga, o incentivo ao aleitamento materno acontece ainda na primeira hora de vida do recém-nascido, por meio do contato pele a pele. Isso auxilia na criação de vínculo do binômio e traz benefícios na produção de leite materno”, acrescentou a especialista.

Exclusividade

De acordo com ela, a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida traz benefícios como: a redução do risco de infecções respiratórias, gastrointestinais e alergias. “Essa orientação é repassada às mamães que optam por dar à luz na rede pública estadual de maternidades de Manaus, onde a Segeam tem atuado, de forma especializada, como prestadora de serviços de enfermagem. É importante que essa conscientização ocorra desde o período do pré-natal, reforçando sempre os benefícios para os bebês e para as futuras mães”, explica.

Além disso, pesquisas recentes apontaram que o leite materno contém vitaminas e ácidos considerados cruciais para o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso central. Na prática, o aleitamento também contribui com o desenvolvimento das habilidades cognitivas.

Considerado fundamental na redução da desnutrição e da mortalidade infantil, o aleitamento materno pode evitar cerca de 820 mil mortes de crianças menores de cinco anos, ao ano, em todo o mundo, de acordo com um estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, que teve como base as diretrizes da OMS.

Foto: Divulgação/Segeam

Benefícios para as mamães

Amamentar traz inúmeros benefícios aos bebês. Mas também colabora com a recuperação das mamães após o parto, promovendo inúmeras vantagens a quem adota a prática. A enfermeira Andressa Costa destaca que, entre elas, estão: recuperação pós-parto, ajudando o útero a voltar ao tamanho normal mais rápido; perda do peso adquirido durante a gravidez de forma mais rápida; previne hemorragias a partir do estímulo à liberação de ocitocina; redução do risco de câncer de mama e ovário (quando a amamentação ocorre até os 30 anos, pode ser considerada um fator protetor contra o câncer de mama); fortalecimento do vínculo mãe-bebê, entre outros.

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