A direção nacional do PDT decidiu nessa madrugada de 31 de maio, em Brasília, que se o governador Amazonino Mendes continuar intencionado em apoiar a candidatura do ministro Henrique Meirelles (MDB), ele vai ser enquadrado e ficar sem partido para concorrer a eleição.
Fontes em Brasília informaram ao portal Correio da Amazônia, que o PDT tem candidatura própria, Ciro Gomes, e a direção não aceita o desmonte imposto pelo governador ao partido no Amazonas. Esse é o indicativo tirado na direção nacional da legenda. Ou Amazonino se organiza para fazer uma frente com os partidos de esquerda, em apoio a Ciro Gomes, ou não terá o PDT para se candidatar ao governo.
Na mesma situação está o presidente estadual do PDT no Amazonas, o deputado Hissa Abrahão. Ele foi enquadrado pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi, a reorganizar o PDT no Estado e chamar o governador Amazonino Mendes e também enquadrá-lo no que foi determinado pela direção nacional.
“Caso Hissa não tenha pulso para exigir de Amazonino que ele faça palanque para Ciro Gomes, em vez de Meirelles, perde Amazonino e perde o Hissa”, disse a fonte. Os dois perdem o direito de se candidatarem pelo partido.
Nos bastidores em Brasília, o que se comenta é que Amazonino não está mais no PDT. Aqui no Estado, o que se fala é que ele tinha uma carta de desfiliação pronta para entregar à direção estadual do PDT, para se filiar ao MDB, mas desistiu.
De toda forma, Amazonino terá que declarar apoio amplo e irrestrito a Ciro Gomes, imediatamente, ou ficar sem legenda para se recandidatar ao governo do Estado, nessas eleições.