Após 4 horas, oposição ainda ocupa Senado contra reforma trabalhista

Sessão foi interrompida pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira/Foto: Divulgação

Depois de quatro horas de impasse, senadores da oposição e do governo ainda negociam um acordo para tentar votar a reforma trabalhista. A sessão, que começou às 11h desta terça-feira (11),foi suspensa após uma hora pelo presidente da Casa,Eunício Oliveira (PMDB-CE), depois que um grupo de senadoras contrárias à proposta se recusou a deixar a Mesa do Plenário. Eunício ordenou que a luz e que o ar-condicionado do local fossem desligados.


As senadoras apresentaram três condições para deixar a mesa e liberar o plenário para a votação: a abertura das galerias para que lideranças sindicais acompanhem a sessão; a autorização para que todos os senadores – e não apenas os líderes – possam falar durante a votação; e a aprovação de um destaque para impedir que mulheres trabalhem em locais insalubres. O senador Paulo Paim (PT-RS) tenta costurar o acordo com o governo.

“O que está pegando é a questão dos destaques. O Senado não pode só homologar aquilo que vem da Câmara. Até o momento, para essa questão do destaque, não houve acordo”, disse Paim.

A oposição tem direito regimental de apresentar destaques para a votação em separado. Mas o que as senadoras querem é o compromisso de que a emenda será aprovada no mérito. Na prática, isso significaria empurrar a reforma trabalhista de volta para a Câmara.

“Vamos resistir até o Senado fazer um debate democrático e deixar os senadores fazerem alteração na proposta. Nós não aceitamos essa imposição do Executivo. Vai voltar para a Câmara? Vai. É assim a vida da democracia. Você não pode acabar com uma lei de 40 anos em cinco meses. A única coisa que temos para fazer agora é essa resistência”, disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Sessão foi interrompida pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira/Foto: Divulgação

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que é primeiro vice-presidente do Senado, foi duro ao comentar a atitude das senadoras. Ele classificou a ocupação da Mesa como “cena deplorável, atitude cínica, avacalhação, espetáculo triste”. Cássio disse que os tucanos não apoiam a aprovação da emenda sugerida pela oposição.

“Seria até razoável que o Senado pudesse reexaminar alguns pontos e devolver a matéria para a Câmara. Mas diante dessa postura de radicalização, de afronta à instituição, de achincalhe ao país, é muito ruim você fazer qualquer tipo de negociação nesse ambiente”, afirmou Cássio.

O líder do Governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), ainda não se manifestou sobre a proposta de acordo. A sessão do plenário continua suspensa.

Fonte: Notícias ao Minuto

 

 

 

 

Artigo anteriorExecutivos da Galvão Engenharia assinam delação
Próximo artigo‘Despacito’ não sai da sua cabeça? Ciência explica o sucesso das músicas-chiclete

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui