Assessor do Papa é investigado por abuso sexual de crianças

Diretor financeiro do Vaticano, George Pell/Foto: Divulgação
Diretor financeiro do Vaticano, George Pell/Foto: Divulgação
Diretor financeiro do Vaticano, George Pell/Foto: Divulgação

O diretor financeiro do Vaticano, George Pell, está sendo investigado pela polícia australiana por supostos abusos sexuais a crianças, revelou nesta quinta-feira (28) um canal australiano. Acusações que os chefes da Igreja Católica consideram “totalmente falsas”.


As novas alegações contra Pell, que estão sendo investigadas pela polícia no estado de Vitória, abrangem duas décadas, revelou a ‘Australian Broadcasting Corporation’.

Quando foi Arcebispo Católico de Sydney em 2002, George Pell foi acusado de antigos abusos sexuais, mas foi mais tarde considerado inocente.

O canal ABC disse que obteve oito declarações da polícia de vítimas, testemunhas e familiares que estavam ajudando as autoridades na investigação.

No entanto, o homem de 75 anos negou as acusações numa declaração ao mesmo canal televisivo, afirmando que ele nunca abusou sexualmente de ninguém.

Um porta-voz da polícia disse à agência France Press que não iria comentar. O chefe da polícia de Vitória, Graham Ashton, disse em junho que a polícia estava investigando as queixas contra o religioso.

As alegações incluíam acusações de dois homens, agora com cerca de 40 anos, que disseram que foram apalpados pelo padre no verão de 1978 numa piscina em Ballarat, onde Pell cresceu e trabalhou.

Depois de uma década de crescente pressão para investigar acusações de pedofilia, foi criada em 2012 na Austrália uma comissão para tratar apenas de assuntos relacionados com abuso de crianças.

A investigação da polícia no caso de George Pell faz parte de um conjunto de queixas mais amplo dessa comissão, que já falou por quase 5.000 sobreviventes e já ouviu histórias de abuso infantil em locais de culto, orfanatos, grupos comunitários e escolas.

Pell tinha dito anteriormente à comissão que não estava a par dos crimes que tinham ocorrido em Vitória, onde padres pedófilos abusaram de dezenas de crianças nas décadas de 70 e 80.

O sacerdote australiano foi ordenado em Roma, em 1966, antes de voltar para a Austrália, em 1971, e de se tornar um alto funcionário da igreja católica australiana.

Voltou para o Vaticano em 2014 depois de ter sido escolhido pelo Papa Francisco para tornar as finanças da igreja mais transparentes.

O pontífice aprovou a criação de um tribunal interno da Igreja para punir os bispos que encobriram abusos sexuais por padres, mas os sobreviventes de pedofilia não acreditam que haja grande mudança.

Outros países onde alegados ou confirmados casos de abusos sexuais se tornaram públicos são a Áustria, a Bélgica, o Canadá, a Alemanha, a Irlanda, o México, a Holanda, a Polônia e os Estados Unidos.

(NOTÍCIAS AO MINUTO)

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