Atraso de salários e ameaça de 100% de greve dos rodoviários

Por falta de pagamento dos salários, atrasados desde o último dia 18 de maio, os motoristas e cobradores do sistema de transportes coletivos de Manaus, estavam se recusando a sair das garagens nessa madrugada de terça feira (24).
Se não fosse uma ação de emergência do presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir de Oliveira, que pediu uma trégua aos trabalhadores, até que as negociações com o Sindicato patronal se esclareçam, o sistema estaria parado com 100% dos ônibus dentro das garagens a partir das 04 horas da manhã dessa terça feira.


As negociações no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-AM) e a trégua anunciada pelo presidente dos Rodoviários, Givancir de Oliveira, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-AM), semana passada, à desembargadora Maria das Graças Alecrim Marinho, continuam valendo, mas os empresários do setor, segundo Givancir, estão criando fatos para que os trabalhadores entrem em greve.

“Eles (os empresários), estão forçando a categoria entrar em greve por conta da recusa do prefeito em não aumentar a tarifa”, apontou.

A queda de braço entre o prefeito Arthur Neto (PSDB) e os donos de empresas de ônibus em Manaus, pelo aumento da tarifa, também tem prejudicado muito as negociações do Dissídio Coletivo dos Rodoviários. A briga do prefeito com os Sinetram vem se arrastando há meses, sem solução e sem resultado prático.

A decisão do prefeito de não aumentar a passagem para R$ 3,50 antes das eleições, tem prejudicado o sistema, trabalhadores, à população e os serviços essenciais em toda a cidade. A frota também está velha com quebras constantes dos ônibus, todos os dias.

Hoje à tarde o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amazonas (Sinetram) anunciou que o pagamento dos salários da categoria só será efetuado na próxima sexta feira (27), dez dias após a data limite. Contudo, não está sendo aceito pelos trabalhadores, que já se movimentam para enfrentar a polícia e retaliações dos empresários nas portas das garagens.

“O atraso de pagamento é proposital”, disse Givancir. Ele acredita que o Sinetram esteja querendo tumultuar as negociações do Sindicato junto ao TRT-AM para tirar proveito da situação. Além de não pagar devidamente os trabalhadores, os empresários do setor estão demitindo por justa causa sem justa causa, cobrando peças dos ônibus quebradas pelo desgaste do tempo e buracos nas ruas, cobrando dinheiro dos assaltos e uma infinidade de ações com vistas a forçar os trabalhadores entrarem em greve.

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