Aulas da rede estadual são retomadas após 17 dias de greve

Aulas estavam suspensas desde 22 de março -Foto: Divulgação/G1

Após 17 dias em greve, professores da rede estadual de ensino do Amazonas voltaram às salas de aula nesta segunda-feira (9). Quase 600 escolas na capital e no interior tiveram as aulas suspensas neste período.


Nesta manhã, familiares acompanharam os alunos até as unidades de ensino, para constatar o retorno das atividades. “Estava bastante preocupado, até coloquei meus netos em uma escolinha particular nos dias de greve para eles não ficarem prejudicados”, disse o pedreiro Valdenor Magalhães, que acompanhou os netos até a escola estadual Professor Aristóteles Alencar, na Zona Leste de Manaus.

A categoria se mobilizou após quatro anos sem receber reajuste salarial. O grupo apresentou ao governo a ideia de reajuste de 30% de reposição da perda salarial e mais 5% de aumento real, além do pagamento de vale alimentação e o repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para a classe.

Ainda na manhã da quinta-feira (22), aproximadamente 2 mil professores, segundo a Polícia Militar (PM), iniciaram as manifestações na frente da sede do governo, na Zona Oeste de Manaus. Os professores de Manacapuru, Itacoatiara, Parintins e Tabatinga, foram os primeiros a abraçar a causa, que mais tarde foi apoiada por profissionais de todos os 62 municípios.

Na primeira semana de paralisações, o governo ofereceu aos professores a primeira proposta: 4,57% de reajuste, que foi rejeitada pelo comando de greve.

Diante da negativa, um novo reajuste de 14,57% foi apresentado pelo governo. A proposta também foi negada em assembleia pelos professores, que responderam com uma manifestação que bloqueou a Avenida Brasil, na Zona Oeste, no dia 2 de abril.

A proposta subiu para 24,91%, e foi novamente negada em votação realizada na primeira semana de abril. A categoria tornou a ocupar as ruas, agora com apoio dos estudantes.

Aulas estavam suspensas desde 22 de março -Foto: Divulgação/G1

A contraproposta apresentada pela categoria de 27,02% foi aceita pelo categoria, na última sexta-feira (6), durante reunião realizada na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) . O valor, que foi proposto ao governo do Estado, será pago de forma parcelada: março de 2018 (retroativo), setembro de 2018 e abril de 2019.

O calendário de reposição das aulas deve ser divulgado pela (Seduc). O G1tentou contato com a secretaria nesta manhã, mas não conseguiu resposta.

Reajuste

Os profissionais da educação vão receber reajuste salarial nos percentuais de 7,41%, a contar de 1º de março de 2018, relativo à soma da revisão geral anual das datas bases de 2017 e 2018, 8,12% a contar de 1º de setembro de 2018, relativo à revisão geral anual da data base de 2015, e 9,38% a contar de 1º de janeiro de 2019, relativo à divisão geral anual da data base de 2016.

Esta última foi conquistada a partir da aprovação de emenda coletiva, aprovada a partir de acordo costurado entre o presidente da Aleam e os deputados das bases independente e governista.

No texto original encaminhado pelo governo, a última parcela de 9,38% seria quitada somente em março de 2019. A iniciativa foi recebida com insatisfação pelos profissionais da educação que estavam na Assembleia, desde o início da manhã, para acompanhar a votação.

Após uma série de reuniões entre deputados e professores e a chegada da mensagem do governo, por volta das 13h30 desta sexta-feira, o acordo foi firmado e as três entidades representativas da categoria fecharam entendimento favorável aos 27,02%.

Fonte: G1

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