
A degradação das florestas está cada vez mais frequente e tende a aumentar. O problema é atribuído ao avanço da grilagem, principalmente, nas áreas florestais.
O Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (Ipam) calcula como consequência a emissão de cerca de 8 bilhões de toneladas de carbono, volume igual a 1 ano de emissões globais de gases do efeito estufa. Tamanha emissão agravaria impactos na regulação do clima, na biodiversidade, na produção de alimentos e na saúde da população em escala local e regional.
Uma base de dados própria do instituto contendo as áreas de florestas públicas não destinadas na Amazônia foi combinada com dados do Monitor do Fogo com dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), para obter a área desmatada. Este cruzamento de dados é atualizado no Observatório de Florestas Públicas, coordenado pelo IPAM e pela Amazônia de Pé.
A grilagem de terras é o apossamento de terras mediante falsos títulos de propriedade. Esse é um crime antigo e que ameaça a sociobiodiversidade dos biomas brasileiros, incluindo a Amazônia. Na região, metade do desmatamento entre 2019 e 2021 ocorreu em terras públicas por meio da grilagem.
Para combater esse tipo de crime, é fundamental que haja ações coordenadas entre setor público, privado e sociedade civil, e não é preciso estar no território para contribuir.