Bactéria inexistente no Brasil provoca a destruição de 20 mil orquídeas em SP

Mapa acompanhou a destruição das 20 mil mudas em Suzano - Foto: Divulgação

Mais de 20,5 mil mudas de orquídeas que desembarcaram no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, foram destruídas após a constatação de uma praga que não existe no Brasil. A carga foi vistoriada pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, assim que chegou de Taiwan.


Depois, foi encaminhada para um depósito em Guararema, na Região Metropolitana de São Paulo. Já a destruição aconteceu no interior de São Paulo. A bactéria foi identificada como Dickeya fanzhogdai. Ela provoca o apodrecimento da planta, e se fosse introduzida no país, seria de fácil disseminação e de difícil manejo.

Segundo o ministério, esse não foi o primeiro caso em que os laboratórios detectaram a praga em cargas. Em novembro do ano passado, a bactéria foi identificada em um lote com 65.756 mudas de orquídeas importado por uma empresa de Holambra (SP). Em janeiro, esse lote foi devolvido a Taiwan.

O trâmite regular para importação de plantas inclui a coleta de amostra pela equipe da pasta assim que o lote chega em portos ou aeroportos no Brasil. “Enquanto o laudo não sai, o produto fica na chamada zona primária, um espaço no ponto de ingresso que armazena os produtos ainda não nacionalizados”, explica a chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (Sisv) da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo, Carolina de Araújo Reis.

Como o custo é alto, e por se tratar de carga perecível, as empresas podem solicitar a liberação via termo de fiel depositário, para manter a guarda em local próprio até que a análise da amostra seja concluída, com resultado conforme.

Quando a bactéria foi detectada, em janeiro, o ministério comunicou a empresa. O importador tinha duas opções: devolver as orquídeas ao fornecedor ou incinerá-las, seguindo as recomendações técnicas. Com dificuldades para fazer a devolução, a empresa optou pela destruição.

Quando o importador não cumpre as recomendações técnicas da pasta, ele tem suspenso por um ano o benefício de liberação via fiel depositário. Com isso, o produto importado precisa permanecer na área primária do porto ou aeroporto até a emissão do laudo. Além do prejuízo com a carga inutilizada, a empresa teve que custear a incineração – cerca de R$ 15 mil.

g1

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