Bolsonaro decide demitir Joaquim Luna da Petrobras

Joaquim Silva e Luna vai ser substituído na Petrobras - Foto: Reuters/Adriano Machado

O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu nesta segunda-feira (28) demitir o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna. A decisão ocorre em meio à pressão devido ao aumento no preço dos combustíveis. A estatal vinha sendo alvo de críticas constantes pelo governo e pelo Congresso Nacional. O mandato de Silva e Luna iria até 2023. A decisão deve ser anunciada ainda nesta segunda.


No próximo dia 13, os acionistas da empresa se reúnem para recomendar os nomes que formaram o Conselho de Administração. Para ser eleito presidente da estatal é preciso fazer parte do colegiado. Com isso, o nome do general não deverá constar na lista que o governo deve encaminhar à Petrobras com as indicações ao conselho. O economista Adriano Pires, especialista do setor de óleo de gás, é o mais cotado para assumir o cargo, informou o jornal O Globo. Esta é a segunda troca na Petrobras em um ano.

Em abril do ano passado, Silva e Luna substituiu Roberto Castello Branco, que havia deixado o cargo em fevereiro também por causa da alta nos valores dos combustíveis.

Bolsonaro discordou publicamente da política de preços da estatal, que usa o modelo de preço de paridade de importação (PPI), segundo o qual a companhia reajusta os valores dos derivados do petróleo com base na cotação da commodity no mercado global. Com isso, a companhia repassa para o consumidor interno os custos do barril de petróleo no mercado internacional e da cotação do dólar.

A guerra na Ucrânia, que levou as sanções ocidentais à Rússia, pressionou os preços do petróleo no mercado internacional. A Petrobras segurou o repasse da alta no valor do barril de petróleo por 57 dias. No entanto, em 10 de março, a estatal anunciou o aumento de 25% no preço da gasolina e do diesel, e 16,06% no gás liquefeito de petróleo (GLP), seguindo as altas internacionais.

Críticas do Congresso à estatal

Após o reajuste mais recente, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que a “insensibilidade” da empresa “causou espanto” e classificou a decisão como um “tapa na cara” de um “país que luta para voltar a crescer”.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a Petrobras precisava participar do esforço para reduzir esse impacto e ressaltou a “função social” da estatal. A empresa emitiu um comunicado esclarecendo o reajuste nos preços dos combustíveis. A companhia ressaltou que tem “sensibilidade quanto aos impactos dos preços na sociedade”.

Gazeta do Povo

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