Câmara: PL e PT disputam comando das comissões mais poderosas e bilionárias

Foto: Recorte

Após um mês do término do recesso parlamentar, o Partido Liberal (PL) e o Partido dos Trabalhadores (PT) permanecem em uma disputa acirrada pelo comando das principais comissões da Câmara dos Deputados, que detêm tanto prestígio quanto recursos significativos.


A troca das presidências das 30 comissões permanentes da Câmara ocorre anualmente, mas a falta de acordo entre as legendas tem mantido a situação em um impasse, impedindo qualquer avanço significativo.

No centro dessa disputa estão comissões como a de Saúde, que possui um montante impressionante de recursos destinados a emendas parlamentares, totalizando cerca de R$ 4,4 bilhões. Em seguida, a Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional detém aproximadamente R$ 1,2 bilhão.

O interesse nas comissões vai além do aspecto financeiro. Partidos como PL e PT estão de olho nas oportunidades que essas posições estratégicas oferecem, especialmente em um ano eleitoral como 2024. A Comissão de Saúde, por exemplo, é particularmente cobiçada devido ao impacto significativo das políticas de saúde no país.

Outra comissão alvo de disputa é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por analisar a constitucionalidade das propostas legislativas. O PL busca emplacar uma de suas representantes mais alinhadas, Caroline de Toni (PL-SC), enquanto o PT prefere um perfil mais moderado.

Os partidos com as maiores bancadas têm a preferência de escolher quais comissões desejam presidir. No entanto, acordos políticos podem alterar essa prerrogativa. A Comissão Mista de Orçamento (CMO), por exemplo, é alvo de negociações devido à sua influência na análise do orçamento federal.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, tem se empenhado em buscar um consenso entre os líderes partidários, visando resolver o impasse até o fim da próxima semana. Enquanto isso, algumas comissões, como a de Turismo, Minas e Energia, e Trabalho, permanecem fora do foco da disputa partidária.

Embora o governo tenha indicado a intenção de recompor parte dos recursos em emendas parlamentares vetados, nenhuma solução concreta foi apresentada até o momento.

A batalha pelo controle das comissões bilionárias continua, evidenciando a complexidade das negociações políticas no cenário legislativo brasileiro.

Fonte: CNN Brasil

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