Canutama enfrenta sérios problemas de invasão e grilagem de terras nas comunidades (vídeo)

Reunião para decidir sobre levar o caso ao Ministério Público - foto: recorte/vídeo

Canutama que tem um vasto histórico de suspeitas de fraude e direcionamento em licitações, desmatamentos criminosos, venda ilegal de madeira, nepotismo na prefeitura, falha na proteção contra o Covid, agora se depara com invasão e grilagem de terras nas suas comunidades


Moradores de Canutama, (a 614 quilômetros de Manaus) pedem ajuda das autoridades governamentais estaduais e até federais pra resolver mais um caso de grilagem. A população, que já sofre com a constante insegurança pública – conforme já foi amplamente divulgado pelo Correio da Amazônia – agora tem sérios problemas com invasão e grilagem de terras urbanas.

De acordo com representantes da Comunidade Água Azul, localizada no Sul de Canutama, um senhor de nome ‘Marcos Alexandre Machado’ invadiu as terras pertencentes aos moradores da comunidade no mês passado.

A comunidade foi obrigada a abrir processo no Ministério Público Federal (MPF), por não ter apoio do chef do executivo municipal, José Roberto, e de outras autoridades locais.

“Marcos Alexandre criou uma associação de fachada para fazer as suas atrocidades e tentar fugir das garras da justiça. Essa associação não é da Comunidade Água Azul. Já pedimos ajuda do prefeito de Canutama, José Roberto, e, até agora, ele não deu providências para o caso”, disse um dos representantes da comunidade, senhor Boliva.

Área invadida

Terras invadidas por Marcos Alexandre Machado, junto com os seus invasores, no dia 19 de janeiro de 2023 – foto: enviadas pela comunidade

Ainda de acordo com os populares, o senhor Marcos Alexandre Machado convocou uma reunião na qual manda construir um barracão para continuar a invasão. De acordo com relatos, ele desrespeita as regras já impostas pela associação da própria comunidade, a Assaf-CAAZ.

“Ele criou uma outra associação que em nada agrega na comunidade Água Azul, não ajuda os moradores. Ele reuniu um grupo de moradores e pediu doações, como telhas, por exemplo, para montar um barracão. Mas não é nada legalizado”, afirmou o representante.

Os membros da associação legítima da comunidade Água Azul pedem providências das autoridades com urgência.

Vídeo da reunião comunitária:

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