Cappelli questiona o ‘sumiço’ dos generais Heleno e Braga Netto e dá apoio a G. Dias

Cappelli: investigações podem ligar general Heleno ao 8 de janeiro - foto: recorte

Ministro-chefe interino do GSI foi às redes sociais para questionar bolsonaristas: ‘Se há um general conspirador e golpista, certamente não é o honrado Gdias’


O secretário-executivo do Ministério da Justiça e agora ministro-chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, defendeu o general Gonçalves Dias e fez críticas aos também militares Augusto Heleno e Walter Braga Netto ao comentar sobre os ataques a Brasília-DF em 8 de janeiro.

Em publicação feita no Twitter na manhã deste domingo (23/4), Cappelli chamou de “narrativa a-histórica” as hipóteses de que o governo federal tenha sido omisso durante os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes e, ao citar militares ligados à Jair Bolsonaro (PL), disse que “Se há um general conspirador e golpista, certamente não é o honrado Gdias”.

Cappelli assumiu o GSI após renúncia de Gonçalves Dias, que entregou o cargo diante da repercussão de imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto que o mostravam caminhando pela antessala do gabinete da Presidência da República no dia dos ataques. O ministro-chefe interino foi também nomeado interventor da Segurança Pública do Distrito Federal após os ataques golpistas.

As imagens de Gonçalves Dias no Palácio do Planalto no dia dos atos antidemocráticos foi combustível para que parlamentares e nomes associados ao bolsonarismo intensificarem as teorias de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi negligente durante os ataques. O general foi nomeado pelo petista para o cargo de ministro-chefe do GSI, mas trabalhava com militares da gestão anterior, comandada por nomes de confiança de Bolsonaro.

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Citado por Cappelli, um dos braços-direitos de Bolsonaro era o general Augusto Heleno, o último ministro-chefe do GSI antes de Gonçalves Dias.

Braga Netto, o outro general citado pelo secretário, foi ministro da Casa Civil e da Defesa durante o mandato de Bolsonaro. O militar ainda foi candidato a vice na chapa pela qual o ex-presidente tentou a reeleição em 2022.

Investigações 

“A CPI vai reafirmar a tentativa de golpe do dia 8, nada além disso. Por isso acho que o ideal é virar essa página o mais rápido possível e retomar a agenda que realmente faz o Brasil se desenvolver. É o ajuste fiscal, é a reforma tributária, e isso seria o mais importante para o país neste momento”, argumenta Cappelli.

Em entrevista exclusiva dada ao Congresso em Foco neste sábado (22), Cappelli apontou sua mira para o general Augusto Heleno, que chefiou o GSI durante o governo Bolsonaro. Na sua opinião, as investigações em curso na Polícia Federal “muito possivelmente” indicarão que o militar, vinculado à linha mais dura do Exército brasileiro, teve alguma participação nos acontecimentos de 8 de janeiro.

Estado de Minas/UOL

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