Cientistas desvendam mistério dos gigantescos desenhos no solo do Acre

Geoglifos foram cravados na Amazônia há mais de 2 mil anos/Foto: Divulgação

Eles começaram a ser descobertos há quarenta anos e, desde então, se tornaram uma imensa interrogação na cabeça dos cientistas: quem seria responsável pelos imensos desenhos cravados no solo do Acre?


Depois de muita pesquisa, cientistas da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Universidade de Helsinki, na Finlândia, finalmente encontraram uma resposta para os mais de 500 desenhos encontrados até agora.

Um artigo, publicado na revista acadêmica American Anthropologist, revela que os geoglifos têm, na verdade, a função de conectar os universos materiais e espirituais. Eles foram criados por populações locais entre os anos 3.000 a.C. e 1.000 d.C.

Os desenhos começaram a ser encontrados com o processo de devastação da Amazônia. Num voo panorâmico é possível encontrá-los em diferentes formatos: quadrados, em U, círculos, elipses e octógonos. Alguns chegam a ter quatro metros de profundidade.

Geoglifos foram cravados na Amazônia há mais de 2 mil anos/Foto: Divulgação

Para os pesquisadores, a inspiração para as formas dos desenhos veio das padronagens encontradas nas peles dos animais da região – as mesmas que podem ser vistas em cerâmicas, tecidos e joias locais.

Hoje, muitos estão ameaçados pela construção de fazendas e estradas. Para evitar que sumam, podem ser declarados patrimônio da humanidade pela Unesco a qualquer momento.

Além dos desenhos do Acre, é possível encontrar inscrições semelhantes no Peru e no deserto do Atacama, no Chile.

Fonte: History

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