Com o status do MAPA, Amazonas se torna livre da febre aftosa

Amazonas ficará livre da febre Aftosa/Foto: Divulgação


O Amazonas deu um grande passo para se tornar um Estado livre de febre aftosa e receberá do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), amanhã (29), o status de “risco médio”, através de anúncio a ser feito pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Eustáquio Andrade, através de videoconferência, no auditório da sede da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), localizada na Avenida Buriti, bairro Distrito, a partir de 11h00.

Segundo a Sepror, o novo status é o último estágio om para o Amazonas ser reconhecido como Estado livre de febre aftosa, trabalho que é fruto do trabalho de ações de defesa sanitária, juntamente, com órgãos ligados à secretaria, e, principalmente, do investimento do Governo do Amazonas nas campanhas de vacinação contra a doença, e de todo acompanhamento técnico que os pecuaristas recebem.

O rebanho do Amazonas, segundo dados da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (ADAF), corresponde a aproximadamente 1,5 milhão de cabeças de gado.

O novo status que o Estado receberá foi publicado no Diário Oficial da União desta semana por meio da Instrução Normativa nº 28, assinada pelo secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, Rodrigo Figueiredo.

Estado livre da doença – Atualmente, dois municípios do Amazonas são reconhecidos pelo MAPA e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livres de febre aftosa com vacinação. São eles os municípios de Boca do Acre e Guajará que possuem, respectivamente, 346.015 e 35.093 cabeças de gado. Ainda, de acordo com o MAPA, partes dos municípios de Canutama e Lábrea também já são reconhecidas com o status livre de febre aftosa com vacinação. Para o MAPA o Estado do Amazonas deve receber, em sua totalidade, o status livre de febre aftosa já no próximo ano.  

Febre Aftosa – A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais como bovinos de leite e de corte e os suínos. A doença foi detectada no Amazonas em 2004, no município do Careiro. Por conta desse foco o Brasil amargou prejuízos econômicos irreversíveis. Foi proibido de exportar carne bovina e qualquer produto agrícola. À época o status do Estado era de “risco desconhecido”.

“Esse é o pior status sanitário que existe. Hoje conseguimos evoluir para risco médio e até 2014 deveremos conquistar o tão sonhado status de área livre de aftosa. É uma conquista muito grande que estamos obtendo nesse curto espaço de tempo”, reiterou Eron.

Um dos esforços do Governo do Amazonas para fortalecer o setor primário e evitar prejuízos econômicos para o Estado e consequentemente para o País, como ocorreu em 2004, é subsidiar a vacinar. O Estado é o único do País a comprar vacina e repassar ao produtor com subsídio, já que o produtor paga apenas R$ 0,60 centavos por dose de vacina.

Campanhas de vacinação – Anualmente o Governo do Estado, por meio da Sepror, realiza a campanha de vacinação contra a febre aftosa que é dividida em duas etapas.

Na primeira fase – que aconteceu de 15 de março a 30 de abril e de 01 a 31 de maio – foram alcançados 91.32% do rebanho do Amazonas. O percentual corresponde a aproximadamente 1.006.291 bovinos vacinados.

A segunda fase da vacinação começou em setembro entre as comunidades de área de várzea e envolveu 41 municípios das regiões dos rios Solimões e Amazonas. Neste mês de novembro a campanha chegou a 21 municípios de terra firme. A meta, segundo a ADAF, é vacinar mais de 743.934 bovinos.

A segunda fase da campanha termina no final do mês de novembro. O alcance desta etapa deve ser divulgado na segunda quinzena do mês de dezembro. A expectativa é garantir a cobertura vacinal de 100% do rebanho.

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