Contagem regressiva para o fim da internet – por Carlos Natale

Carlos Natale - Professor da Faculdade Cotemig/Foto: Divulgação

Você consegue imaginar sua vida sem internet? E se eu lhe disser que a internet não terá uma vida longa nas nossas vidas; se eu lhe disser que, embora com uma capacidade de adaptação incrível, a internet está morrendo?


Para começar, precisamos entender o que é a internet. A internet nada mais é do que uma rede. Assim como uma rede da empresa em que trabalhamos e temos serviços compartilhados entre os funcionários, ou uma simples rede sem fio que temos em casa, ligando computadores, tablets, notebooks e smartphones. Diferentemente dessas redes mais comuns, a internet conecta todas as partes do mundo.

A internet tornou-se fundamental para todos nós. Temos a necessidade de estar conectados, precisamos disso, gostamos disso (às vezes odiamos), queremos isso (às vezes não). Nossa relação com a internet, e com tudo o que ela proporciona, chega a ser passional. Ao mesmo tempo em que adoramos algumas coisas, odiamos outras tantas.

A internet tem muitos benefícios e poderíamos passar horas listando-os. Mas a internet está morrendo, não por suas facilidades e maravilhas, mas sim por suas mazelas, que nem sempre são tão visíveis aos nossos olhos apaixonados pela tecnologia.

O fato é que a rede mundial está contaminada. Hoje, a ideia de anonimato, que vale ressaltar que é irreal, nos enche de poder. Falamos o que quiser, para quem quiser, sem medo, sem culpa. Um comentário pode inflamar uma multidão, a vida das pessoas está cada vez mais exposta. Padrões de beleza, de felicidade, de inteligência, de mobilidade social estão cada vez mais distantes da realidade das pessoas comuns. Crimes são cometidos pela internet, como tráfico de pessoas, animais, drogas. E ainda: assassinatos são encomendados, armas são vendidas, roubos de informações são realizados, invasões a smartphones, a redes corporativas ou governamentais. Esses são apenas alguns exemplos.

O fato é que a internet, como a conhecemos, está tão suja que em algum momento do futuro será melhor destruí-la, pois não é mais possível consertá-la. Mas não precisamos entrar em pânico, algo maior, melhor e mais atrativo será criado para substituí-la e vamos adorar odiá-lo também. O que a tecnologia proporciona não tem volta, sempre vamos querer mais e melhor. Cabe a nós, como sociedade, como usuários de tecnologia ou como criadores dela, saber como nos adaptar e tentar fazê-la melhor, mais produtiva, mais inclusiva e, principalmente, mais, muito mais segura.

Carlos Natale – Professor da Faculdade Cotemig

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