Defesa Civil aponta redução de 85% nos focos de queimadas no AM

Órgãos analisam os resultados das ações/Foto: Nathalie Brasil

Com base no monitoramento da Defesa Civil do Amazonas, houve uma redução de 85,13% dos focos de queimadas na primeira quinzena de dezembro, comparada com o mesmo período de outubro, pico da estiagem severa. Os dados do órgão foram baseados no Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“A redução é fruto de ações de prevenção e de controle, realizadas pelo Governo do Estado, por meio do Centro Integrado de Multiagências para o Combate às Queimadas no Amazonas. Mesmo com a redução, vamos dar continuidade ao monitoramento”, enfatizou o secretário da Defesa Civil do Amazonas, coronel Fernando Paiva Pires Junior.


Nos primeiros 15 dias de outubro foram registrados 2.456 focos de queimadas. No início de dezembro, o número chegou a 365. No Estado vizinho, o Pará, neste período, houve um aumento de 16% nos focos e o reflexo da fumaça pôde ser sentida no Amazonas.

Trabalho integrado – O Governo do Estado lançou em outubro um plano estratégico de prevenção e controle das queimadas envolvendo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Defesa Civil do Amazonas, Corpo de Bombeiros, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Batalhão Ambiental, com apoio das prefeituras dos municípios de secretarias estaduais.

Entre as ações realizadas pelo grupo de trabalho estava o monitoramento da situação climática e dos focos de calor no Estado a partir do Centro Integrado de Multiagências para o Combate às Queimadas no Amazonas (Cimaam), que identificava os danos por imagem de satélite, o que contribuiu para as ações pontuais de fiscalização, controle e combate das queimadas.

Aporte financeiro- Por meio de um destaque orçamentário na ordem de R$ 290 mil, concedido pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), a Defesa Civil do Estado adquiriu 1.112 itens de materiais de combate a incêndio florestal e atendeu os 12 municípios em Situação de Emergência por conta das queimadas (Manaus, Autazes, Caapiranga, Careiro, Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaquiri, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva).

A aquisição desses equipamentos aumentou o poder de resposta e a capacidade operacional do Corpo de Bombeiros e ainda minimizou os impactos ambientais decorrentes dos incêndios florestais.

Formação de brigadistas – Outra ação importante foi a participação de brigadistas treinados pelo Corpo de Bombeiros no combate a incêndios florestais. Pelo menos 652 atuaram em municípios como Iranduba, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Parintins, Itacoatiara, entre outros.

Multas- O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) aplicou mais de R$ 8 milhões em multas por incêndios criminosos em vegetação de propriedades florestais.

Conscientização– O trabalho de conscientização foi outra arma dos órgãos, com a distribuição de material impresso sobre os efeitos das queimadas e a realização de palestras, utilizando principalmente o Centro de Mídias da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para ampliar o alcance das ações aos municípios do interior. A Secretaria de Comunicação do Estado (Secom) também intensificou as ações de conscientização com spots de rádio contendo informações sobre os impactos das queimadas e os canais de denúncia.

Já a Sema lançou a campanha “Você também é responsável. Diga não ao fogo”, para alertar a população sobre os riscos e efeitos das queimadas, além da necessidade de abolir o uso do fogo em vegetação durante a eliminação do lixo.

Equipes de combate às queimadas em ação/Foto: DC
Equipes de combate às queimadas em ação/Foto: DC
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