Depois de 45 anos de ´jejum´, Fast Clube conquista o campeonato amazonense de futebol

Jogadores comemoram o título que não vinha há 45 anos/Foto: Mauro Neto

O Fast tomou conta da Arena da Amazônia e levou os tricolores à loucura ao conquistar, ontem, o Campeonato Amazonense de Futebol Profissional 2016, título veio após 45 anos da última conquista do time, depois de marcar 3×1 em cima do Princesa, diante de 2.993 torcedores, na Arena da Amazônia.
Os gols da vitória fora marcados por Peninha, Cassiano e Charles. Jefferson diminuiu para o Tubarão. A última conquista do Fast pelo Estadual foi 1971, quando marcou 4×1 em cima do Rodoviária. Essa foi a sétima vez que o Rolo Compressor saiu vitorioso do Amazonense, os outros anos foram 1948, 1949, 1955, 1960, 1970 e em 1971.


“Estou muito feliz por conquistar um título para o clube depois de mais de 40 anos. Lutamos, trabalhamos intensamente e hoje conseguimos colocar esse título na  história do Fast”, disse o técnico do Fast, João Carlos Cavalo.

Jogadores comemoram o título que não vinha há 45 anos/Foto: Mauro Neto
Jogadores comemoram o título que não vinha há 45 anos/Foto: Mauro Neto

Torcida ilustre

Uma das figuras ilustres na arquibancada da Arena e que após o término do jogo parabenizou os jogadores pessoalmente foi Orleans Nobre. Aos 84 anos, o senhor de cabelos grisalhos coleciona histórias com o time de coração, inclusive de ter atuado pela equipe tricolor de 1955 a 1960.

“Tive a alegria, a emoção de ser campeão pelo Fast em 55 e hoje estou vivenciando outro grande momento, só que como torcedor. Muitos jovens aqui hoje estão vendo pela primeira vez essa conquista, como é o caso da minha neta, a Isabelle Nobre. Isso é felicidade”, disse seu Orleans, ao lado do filho, Orleans Júnior, que também é Rolo Compressor.

Triste pelo time não ter vencido, mas feliz por ser Princesa. Esse é o sentimento de João Bosco Souza, que veio de Manacapuru (84Km da Capital) para prestigiar o time. Com ele, ainda vieram mais de 30 amigos, que ocuparam três ônibus. O professor de Teologia de 51 anos era um dos mais animados da arquibancada com sua `caixinha`.

“Faço parte da Fúria Jovem Princesa e é muito bom poder estar aqui hoje, apesar do resultado. Sempre vou acompanhar este time, pois sou torcedor de coração, de alma, na alegria e na tristeza. Não foi dessa vez, mas será na próxima”, afirmou.

Quebra de Tabu

Com total apreensão das duas esquipes, o Fast atacava mais em busca do gol. Embora cercasse a meta de Rascifran, o ataque Tricolor não conseguia passar pela zaga do Tubarão. Na única oportunidade de perigo, no primeiro tempo, o Princesa arriscou um chute de fora da área de Jefferson, que parou nas mãos do goleiro Edmar Sucuri.

O lance acordou o Tricolor que logo passou a arriscar de fora com Peninha, aos 23 minutos. Aos 40 minutos, no lance de mais perigo para o Rolo Compressor, o atacante Robinho foi agarrado pelo goleiro Rascifran. O árbitro Edmar Campos marcou pênalti. O meia-atacante, Peninha, cobrou com perfeição e colocou o Fast perto da vitória.

No segundo tempo, o Fast voltou atacando e não demorou para marcar o segundo. Aos oito minutos, Cassiano recebeu na lateral direita, avançou para a grande área, se livrou de dois marcadores e estufou a rede de Rascifran, 2 a 0. O Princesa ainda diminuiu de pênalti. Jefferson marcou para o Tubarão, aos 13 minutos. Cinco minutos depois foi a vez de Charles marcar o terceiro do Rolo Compressor e decretar o fim do jejum.

Balanço/Segurança

Os estádios abriram seus portões 26 vezes, sendo que a Arena da Amazônia recebeu 11 jogos, enquanto que Colina (Santo Raimundo) um total de 13, e o Carlos Zamith (Coroado) dois.

“Nunca se abriu tanto os estádios para os times locais e, o melhor, sem custos. A Secretaria de Esporte cumpriu seu compromisso e abriu os portões e se encarregou do aluguel, quadro móvel, ambulância e arbitragem. Tudo pensando em ajudar e alavancar o futebol local. O Amazonense 2016 foi um sucesso e tudo que aprendemos este ano, será aperfeiçoado para o próximo. Desta forma, teremos ainda mais excelência no ano que vem”, destacou.

Segundo Lima, o Amazonense foi beneficiado pelo Fundo Estadual de Esporte e Lazer (Feel), que recebe recurso financeiro dos eventos privados e jogos de camisa de fora que acontecem nas praças esportivas da Sejel.

Para garantir a segurança, um efetivo de 107 Policiais Militares estava presente na  final do Estadual. “Foi tudo tranquilo, sem ocorrências e mais um evento finalizado com segurança e conforto à população”, destacou a capitã Daniela Cerdeira.

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