Depois de Graça Foster, Cerveró será ouvido pelos parlamentares sobre fraude na Petrobras

O ex-diretor financeiro da BR Distribuidora Nestor Cerveró, que perdeu o cargo depois das denúncias de fraude em contratos da Petrobras, confirmou, nesta terça-feira (15), participação na audiência pública da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados.


Cerveró foi responsabilizado pela comercialização que levou a Petrobras a comprar a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), e gerou um prejuízo de US$ 530 milhões, segundo a presidente da estatal, Graça Foster.

Assim que as denúncias de fraude na Petrobras vieram à tona, Cerveró perdeu o cargo. Agora, ele está disposto a explicar aos deputados todos os procedimentos que resultaram no negócio que gerou prejuízo bilionário à estatal.

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A audiência está marcada para esta quarta-feira (16), às 11h.

CPMI da Petrobras

Antes do depoimento de um dos principais envolvidos nas denúncias, o Congresso pode aprovar a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar a Petrobras.

A sessão legislativa do Congresso está marcada para esta terça, e o presidente do Parlamento, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), promete ler os requerimentos de investigação, tanto do governo como da oposição, antes de iniciar a sessão para apreciação dos vetos presidenciais.

No entanto, a oposição teme um esvaziamento do plenário como estratégia do governo para não haver quórum e impedir que os requerimentos sejam lidos. Isso porque os partidos da base aliada tentam barrar a comissão propostas pelos opositores, que solicita uma investigação exclusiva da Petrobras.

Em resposta à oposição, o governo propôs uma CPMI ampla, para investigar também suspeitas de fraudes em outras estatais, como o Metrô de São Paulo, que está sob administração do governo tucano.

Mas, o líder do Solidariedade na Câmara, deputado Fernando Francischini (PR), diz que o governo pode ter uma surpresa, se está pensando que as suspeitas de fraudes em empresas controladas por governos da oposição não vão respingar no governo federal.

Francischini afirma que a Alstom, empresa suspeita de pagar propina para fechar contratos com o Metrô de São Paulo, também está envolvida em negociações firmadas com o governo federal.

— O governo querendo misturar a CPMI politicamente com vários outros temas vai dar mais um tiro no pé. Eles vão ter uma grata surpresa na hora em que a CPMI da Alstom for instalada e descobrir que vai cair no colo da Eletronorte, e de vários ministérios, contratos superfaturados, indícios de pagamento de propina que acabaram em buscas até dentro do Congresso nos últimos anos.

A sessão do Congresso que pode decidir sobre a instalação das CPMIs está marcada para as 19h.​

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