Desmatamento no Amazonas alcança décimo ano consecutivo de redução

A redução é de 15%, segundo dados divulgados/Foto: Reprodução

Segundo os dados oficiais divulgados na última sexta-feira (15), pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazonas apresentou queda de 15% no desmatamento, números referentes ao período de agosto de 2013 a julho de 2014, coletados através do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (PRODES), que somou 500km2 de área desmatada no Estado, entre 2013 e 2014.
Este é o décimo ano consecutivo que o Amazonas registra queda no desmatamento. No período anterior (2012-2013) a soma foi de 583km2 de remoção completa da cobertura vegetal, o chamado ‘corte raso’. Se compararmos o resultado de hoje com os números de dez anos atrás a queda é ainda maior, 59%. Em 2004 o INPE calculou 1.232km2 de corte raso.


De acordo com o titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Antonio Stroski, o Estado do Amazonas está bem próximo de atingir a meta assumida junto ao Governo Federal, que é reduzir o desmatamento para 350km2 até 2020. “O Amazonas está cumprindo o compromisso ambiental e vamos continuar trabalhando para avançar na contra mão do desmatamento”, disse.

Stroski disse ainda que uma das estratégias do Governo do Amazonas é concluir o Cadastro Ambiental Rural (CAR), instrumento que vai subsidiar informações sobre o uso do solo no Estado, além de favorecer o desenvolvimento de bases econômicas sustentáveis para o setor primário.

“Nós estamos com cerca de 10% dos imóveis rurais cadastrados e temos a meta de chegar a 100% até maio do ano que vem. Junto ao CAR, vamos fortalecer o PPCDAm – Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal”, acrescentou, destacando que a redução do desmatamento é um importante canal para angariar recursos oriundos de instituições internacionais.

Atenção redobrada – O Governo do Amazonas vai concentrar esforços nos programas e estratégias de redução do desmatamento em cinco municípios do sul do Amazonas, onde a taxa de desmatamento foi elevada: Lábrea (135km2); Apuí (80,07km2); Boca do Acre (66,25km2); Manicoré (29,29km2) e Novo Aripuanã (25,86km2).

“Na ultima terça-feira (18 de junho) nós realizamos consulta pública sobre a adequação da Lei de Regularização Ambiental ao Código Florestal Brasileiro. Além disso estamos em fase consolidação da Lei de Serviços Ambientais, ou seja, um conjunto de instrumentos legais que reforçam a gestão do bioma amazônico, tudo isso voltado a preservação da florestas e de todos os recursos que ela oferece”, frisou Stroski.

Amazônia Legal – Somando os nove estados que compõe a Amazônia Legal, a redução do desmatamento também é de 15% em relação ao levantamento anterior. O resultado final do estudo computou uma taxa de 5.012km2. Os estados que mais contribuíram com o desmatamento foi: Pará, em primeiro lugar com 1.887km2; Mato Grosso, com 1.075km2 e, e na terceira posição, Rondônia, com 684km2 de área desmatada.

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