Desmatamento para a produção de alimentos foi responsável pela emissão de 32 bi de toneladas de CO2

Foto: Recorte

O desmatamento para abertura de pastagens e lavouras foi responsável por 97% das emissões relacionadas à produção de alimentos entre 1990 e 2021, cerca de 32 bilhões de toneladas. As emissões decorrentes da mudança do uso do solo nos sistemas alimentares foram maiores na Amazônia, responsável por 92% das emissões do setor em 2021. Além disso, a abertura acelerada de novas áreas de pastagens no Cerrado, que aumentaram 532% da sua área, elevaram as emissões do bioma para 66 milhões de toneladas.


Os dados foram divulgados pelo SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases do Efeito Estufa) no estudo “Estimativa de emissões de gases de efeito estufa dos sistemas alimentares”, que analisou as emissões da produção de alimentos no Brasil.

O documento também aponta que as mudanças no uso da terra e das florestas causadas pela produção de alimentos foram responsáveis pela emissão de 33,7 bilhões de toneladas de CO2. O desmatamento associado à produção de carne bovina, sozinho, foi responsável por 92% das emissões do período e, em 2021, chegou à marca de 976 milhões de toneladas de CO2 liberadas na atmosfera, contribuindo para o aumento de 23% das emissões registradas naquele ano.

Publicado em novembro, o relatório é uma produção de instituições que integram o Observatório do Clima. Pesquisadores do IPAM foram responsáveis por mapear o CO2 emitido a partir de mudanças no uso do solo relacionadas, principalmente, ao desmatamento, às queimadas da vegetação, relacionados ao processo do desmatamento e às emissões de carbono orgânico do solo após a conversão para áreas agrícolas ou pastagem.

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