Dia Mundial do Diabetes: doença afeta hoje 10% da população mundial

Foto: divulgação/Freepik

Diabetes é uma doença crônica que afeta hoje 10% da população mundial


O diabetes põe o Brasil na sexta posição do ranking de países com maior número de casos, segundo estudo da Federação Internacional do Diabetes (IDF em inglês). Celebrado em 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes foi estabelecido para promoção da prevenção à doença e suas complicações, que deve contar com hábitos saudáveis, como atividades físicas e alimentação equilibrada.

A endocrinologista Ana Clara d’Acampora, consultora do Sabin Medicina Diagnóstica, explica que existem dois principais tipos de diabetes. “O primeiro [chamado tipo 1] é causado pela destruição das células produtoras de insulina pelo próprio sistema imunológico.

Já a versão mais comum [tipo 2] ocorre quando o corpo adquire resistência à ação da insulina e pode, com o tempo, passar a ter dificuldades para produzir o hormônio. O tipo 2 está ligado, com frequência, a hábitos como o sedentarismo e a alimentação de má qualidade. Portanto, pode ser evitado”, aponta.
 
Cuidado e prevenção

Segundo a médica, a melhor forma de prevenir o diabetes (especialmente o tipo 2) é focar na mudança de hábitos, a começar pela correta alimentação. “O consumo elevado de açúcar e gorduras é considerado um fator de risco para a doença. Evite a alimentação com ultraprocessados, prefira itens com menor índice glicêmico (açúcar), como legumes, frutas fibrosas e gorduras vegetais”, sugere a especialista.

A prática de exercícios físicos também ajuda a reduzir o risco de desenvolver doenças crônicas como o diabetes. Ana d’Acampora afirma que começar com atividades de pelo menos 30 minutos por dia já pode surtir efeito positivo.

Embora seja considerado ‘silencioso’ (sem sintomas) no início, o diabetes pode gerar complicações no organismo. Os sintomas de ambos são muito semelhantes, mas o diabetes do tipo 1 costuma ter início mais abrupto.

A pessoa pode ter vontade de urinar diversas vezes, fome e sede constantes, perder peso, sentir fraqueza e náuseas. Já o tipo 2 está relacionado ao sedentarismo, à obesidade e a resistência à ação da insulina. Pode também causar infecções mais frequentes, principalmente em região genital (pela presença de açúcar na urina), alteração visual (visão embaçada), dificuldade de cicatrização e formigamento nos pés.

“O diagnóstico precoce, com início rápido do tratamento, é a melhor forma de evitar complicações e poder levar uma vida normal. Daí a importância da investigação. O exame mais comumente solicitado é o teste de glicose, que mede a quantidade de açúcar no sangue. Mas o especialista pode solicitar também o exame de hemoglobina glicada, que vai avaliar o nível glicêmico do paciente nos últimos três meses”, explica Ana d’Acampora.

A Sociedade Brasileira de Diabetes orienta o paciente sobre como lidar com a doença, inclusive sobre a importância de “compartilhar dúvidas com amigos e parentes de confiança, o que pode revelar pessoas dispostas a apoiá-lo e ajudá-lo a mudar seu estilo de vida”.

Dados no Amazonas

Atualmente, o Amazonas registra mais de 185 mil pessoas vivendo com diabetes no estado. Deste total, a maioria (61,72%) está na capital, Manaus, onde o número de diabéticos ultrapassa 114 mil. Os dados foram disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) e não consideram casos não diagnosticados ou subnotificados.

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