Dilma defende investimento na Copa e diz que inflação está sob controle

Dilma participou de inauguração do sistema de esgoto no Sul
Roberto Stuckert Filho/PR

A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (11) os investimentos que o governo tem feito para a Copa do Mundo e disse que os benefícios ficarão para os brasileiros após o fim do megaevento. Dilma comparou a melhoria da infraestrutura do país para a Copa aos preparativos para receber convidados em casa.


— As obras, rigorosamente falando, atendem à Copa, mas elas não são para a Copa, elas são para o povo desse país, para o povo desse estado. Quando a gente vai dar uma festa na casa da gente, você dá uma melhorada na casa, quando vai ter o casamento, você pode até dar uma ampliada na casa, mas todos os benefícios ficam para quem mora na casa, e é isso que acontece conosco.

Dilma assume articulação política e tenta controlar crise

Dilma falou em em discurso durante cerimônia de inauguração de um sistema de tratamento sanitário em Porto Alegre (RS). A presidente citou as obras dos aeroportos internacionais da capital gaúcha e de Brasília como exemplos de intervenções motivadas pela realização da Copa, mas que terão impactos posteriores.

— Não tem a ver  com Copa, mas com nossa situação concreta. A taxa de crescimento de pessoas que procuram avião é bastante significativa. Para vocês terem uma ideia, hoje, no Brasil, 100 milhões de passageiros utilizam por ano esse sistema de transporte.

Ao defender o governo das críticas pelos investimentos no Mundial, Dilma disse que no Brasil, “muitas vezes você é criticado por ter um cachorro e outras vezes por não ter o mesmo cachorro”. Ela utilizou a mesma metáfora para defender outras medidas econômicas do governo, entre elas, a desoneração da folha de pagamento e a expansão das políticas de financiamento para projetos de infraestrutura.

— Montar uma estrutura de financiamento adequada para investimento em infraestrutura é condição indispensável para esse projeto sair. Não é possível criticar simultaneamente por não fazer projetos para melhorar a saúde pública e criticar investimentos em saneamento, não é possível, não fecha. A equação no Brasil tem que fechar e aí a responsabilidade de cada um de nós tem que aparecer.

Durante o discurso, a presidenta voltou a afirmar que a inflação está sob controle, apesar da elevação do preço de alguns alimentos, motivada, segundo ela, pelas condições climáticas do começo do ano.

— Mantemos sistematicamente um olho e um controle na inflação mesmo quando, devido à seca que ocorre no Sudeste e à chuva torrencial que ocorre no Norte do Brasil e à seca que, graças a Deus, parece que estamos saindo dela no Nordeste, tivemos impactos em alguns produtos alimentares. Mas é importante olhar, primeiro, que isso é momentâneo, e segundo, que enquanto tem alguns produtos que sobem, outros caem. A inflação, nós iremos controlar sistematicamente.

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