Dilma diz que gostaria que Brasil crescesse em ritmo mais acelerado

Dilma na feira de robótica/Foto: Pedro Ângelo
Dilma na feira de robótica/Foto: Pedro Ângelo
Dilma na feira de robótica/Foto: Pedro Ângelo

Diante de uma plateia de empresários e industriais, a presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, afirmou nesta quarta-feira (3) que “gostaria que o Brasil estivesse crescendo em um ritmo muito mais acelerado”.


Mesmo dizendo “respeitar” eventuais questionamentos do empresariado em torno da política industrial adotada pelo governo federal, Dilma ressaltou durante evento em Belo Horizonte (MG) que, se o Palácio do Planalto não tivesse tomado medidas para estimular o segmento industrial, como a implantação de programas de estímulo à indústria automobilística, a situação econômica do país poderia estar pior.

“Gostaria que o Brasil estivesse crescendo em um ritmo muito mais acelerado, mas imaginem o que aconteceria se nós não tivéssemos tomado essas medidas, que são medidas que protegeram as nossas condições de ter um futuro que garanta uma expansão e uma qualificação da nossa indústria”, destacou a petista durante encontro com empresários, presidentes de federações industriais e diretores do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

“Se a gente não tivesse adotado, por exemplo, uma política de compras públicas baseada no conteúdo local, se gente não tivesse adotado uma política de crédito subsidiado à indústria, caso do PSI [Programa de Sustentação do Investimento]. Se a gente não tivesse inclusive formatado programas setoriais, como é o caso do Inovar-Auto, imaginem o que teria acontecido”, complementou.

Na última sexta-feira (29), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a economia brasileira encolheu 0,6% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores.

Além disso, o IBGE revisou o dado do primeiro trimestre de 2014 para queda de 0,2% – ao ser divulgado, em maio deste ano, indicava expansão de 0,2%. Com a sequência de dois trimestres seguidos de resultado negativo, configura-se um quadro que os economistas chamam de recessão técnica. A última vez que o Brasil havia registrado uma recessão técnica foi no último trimestre de 2008 e primeiro de 2009, durante a crise econômica mundial.

Equipe

Em meio ao discurso, a candidata do PT reiterou uma promessa que havia feito durante sabatina organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na qual se comprometeu, na hispótese de ser reeleita, criar um conselho de desenvolvimento econômico ligado diretamente à Presidência da República.

Dilma ainda sinalizou aos empresários que, se vencer as eleições de outubro, pretende promover mudanças em sua equipe. “Obviamente, novo governo, nova e necessariamente atualização das politicas e das equipes”, disse a presidente.

A presidenciável do PT voltou a defender nesta quarta-feira o papel dos bancos públicos como incentivadores da economia brasileira. Segundo Dilma, instituições financeiras como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal impediram um choque de crédito na crise do setor financeiro internacional de 2009 e exercem papel fundamental em vários segmentos da economia.

De acordo com a presidente da República, o BNDES sustenta o crédito para o setor industrial, o Banco do Brasil apoia a agricultura e a Caixa assegura o Minha Casa, Minha Vida. A petista disse aos representantes do empresariado que não há condições de se fazer uma política habitacional sem o auxílio de banco público.

“Não há condição de fazer habitação popular a preço de mercado. Porque a pessoa que ganha R$ 1,6 mil, ela não tem como comprar um apartamento de R$ 60 mil, ou uma casa de R$ 60 mil mínimos. Ou ela tem uma complementação da sua prestação ou ela não compra”, exemplificou a presidente.

Ainda de acordo com Dilma, a presença dos bancos privados nos investimento é importante, desde que pratiquem as condições já estabelecidas pelos públicos. “Muito importante a gente ter os bancos privados fazendo isso também. Mas enquanto não fizerem nas mesmas condições que os públicos fazem, eu não vejo justificativa para que a gente retire os bancos públicos dessa atividade”, ressaltou.

Olimpíada do Conhecimento

A presidente da República também participou nesta quarta da 8ª Edição da Olimpíada do Conhecimento, realizada no Expominas, na capital mineira. Ela visitou os trabalhos do Festival Internacional de Robótica e declarou ter achado “interessantíssimo” os estudos apresentados pelos competidores.

A Olimpíada do Conhecimento é a maior competição de educação profissional das américas, e realizada a casa dois anos pelo Senai. No evento, são realizados torneios em várias disciplinas, que reúnem mais de 800 jovens até 21 anos que sejam estudantes ou formandos de cursos técnicos ou de aprendizagem profissional do Senai e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Ao todo, são 58 profissões técnicas ligadas à indústria e ao setor de serviços. Nesta edição, participam pela primeira vez alunos da área de agropecuária dos Institutos Federais de Tecnologia.(G1)

Artigo anteriorAlteração na Lei sobre tratamento de esgoto, em Manaus, vai à sanção do prefeito
Próximo artigoJosué Neto garante votação da PEC da Perícia na terça-feira(09)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui