Dispersão de usuários de drogas criou pelo menos 16 novas ‘Cracolândias’ em SP

Praça Princesa Isabel em maio de 2022 - Foto: Reprodução/Danilo Verpa/Folhapress

A recente dispersão dos usuários de drogas que estavam concentrados na Praça Princesa Isabel colocou a cidade toda em alerta. Segundo pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, a ação da Prefeitura resultou na criação de 16 novas “cracolândias” na região central, isso sem falar nas “microcracolândias” que se multiplicam por bairros mais distantes do centro, como a Vila Leopoldina (sobretudo na Gastão Vidigal).


De acordo com o estudo, esses 16 novos endereços reúnem entre 20 e 200 pessoas. Se antes a cracolândia afetava o entorno da Praça Júlio Prestes (quatro quarteirões), agora o impacto é oito vezes maior.

Mapa com áreas de pequenas Cracolândias pelo Centro de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

A tática da Prefeitura de esvaziar a Praça Princesa Isabel tem sido criticada por especialistas e comerciantes da região, que passaram a conviver diariamente com aglomerações de usuários de drogas. No início da semana, alguns comércios foram saqueados e outros passaram a trabalhar com meia porta aberta.

Criminalidade

Para o prefeito Ricardo Nunes, a recente onda de violência teria a ver com uma possível “falta de fornecimento de drogas”, após as ações da Prefeitura na região da Cracolândia. “Com a falta de oferta abundante da droga, as pessoas ficam mais agressivas, têm comportamento mais fora do padrão normal. Infelizmente a gente vai ter que estar passando por essa fase, infelizmente é uma etapa que a gente precisa vencer, mas não podemos parar.”

Folha Noroeste/via G1

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