Vítima de estupro tomou coquetel anti-HIV e já pode amamentar, diz delegada

Foto: Divulgação

A delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, afirmou, nesta quinta-feira, que não descarta pedir na Justiça que o médico anestesista Giovanni Bezerra, preso acusado de abusar de uma paciente, seja obrigado a fazer um exame de HIV. Bárbara informou que a mulher que foi estuprada durante o parto e que teve o crime gravado tomou um coquetel anti-HIV no domingo, seguindo o protoloco para os casos de violência sexual. Ela foi liberada para amamentar o bebê nesta quinta-feira.


— Tudo pode ser requerido judicialmente. Essas medidas invasivas podem ser pedidas desde que justificadas para que se configure um possível crime. Claro, diante da possibilidade de um outro possível crime, que seria a transmissão de moléstia, poderia haver essa possibilidade. Só que nós temos como testar as vítimas. Me parece que esses profissionais de saúde têm que ser cadastrados caso eles tenham alguma doença Eu vou buscar esta informação. Vamos por partes. Tem que se estudar um pouquinho, mas eu não descarto o pedido (do exame de HIV).

Bárbara Lomba diz que a mulher que foi vítima do médico está muito abalada psicologicamente, mas tem condições de depor:

— Vamos aguardar a vítima do estupro. Falei com ela ontem e foi emocionante. Ela chorou comigo ao telefone. Ela está muito abalada psicologicamente, mas que tem condições da falar, dar as declarações. Ela está bem, o filho está bem, voltou a amamentar agora, porque estava impossibilitada (por conta do coquetel). Era um protocolo tomar o coquetel.

A policial afirmou que, na conversa com a vítima, ela frisou que o médico está preso:

— O agressor está preso. Eu disse que vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para terminar a investigação e comprovar este crime. Eu a tranquilizei neste sentido. Perguntei se ela estava bem, ela chorou, disse que o filho está bem.

A delegada vai apurar ainda se as vítimas anteriores tomaram um coquetel contra doenças sexualmente transmissíveis.

— Vamos ouvir hoje as duas mulheres que tiveram o parto anteriormente. Já está confirmado que houve sedação. E as informações da equipe de enfermagem sobre as outras duas cirurgias. Os procedimentos foram parecidos.

Segundo ela, são mais de 30 possíveis vítimas.»LEIA MAIS

Extra

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