Eleitores religiosos dizem ouvir instruções sobre voto nas igrejas

Foto: Reprodução

O levantamento mais recente divulgado pelo DataFolha mostra o caminho que o ex-presidente Lula deve seguir se quiser reverter a derrota que vem tendo no segmento evangélico em comparação com o Jair Bolsonaro.


Costurar acordos com lideranças religiosas, como atual presidentes vem fazendo mesmo antes de assumir o mandato, parece ser fundamental se o petista quiser crescer entre essa faixa de eleitores.

Embora a pesquisa do Datafolha tenha apontado que Lula pode vencer no primeiro turno, os eleitores evangélicos ainda preferem Bolsonaro. De acordo com o levantamento, Lula tem 28% das intenções de voto entre os evangélicos contra 36% do atual presidente. Entre os católicos, o petista leva a melhor: tem 42% dos votos contra 20% de Bolsonaro.

A influência das igrejas no voto foi mapeada pelo instituto e mostra como os evangélicos são mais atingidos por orientações sobre as eleições do que os católicos.

Entre os evangélicos, 28% admitem que sua igreja faz recomendações sobre como votar nas eleições. Entre os católicos, o número é menor: 20%.

Questionados se seguem as orientações de suas igrejas, 12% dos evangélicos afirmam que acatam parcialmente as sugestões, enquanto 9% admitem que acatam totalmente o direcionamento e 7% dizem que não seguem o que é orientado.

Entre os católicos, há um empate: 6% acatam totalmente, outros 6% aceitam em parte as sugestões e 6% afirmam não seguir as orientações.

Os dados mostram o que já se sabia: que os padres separam muito mais o púlpito do palanque do que os pastores de igrejas evangélicas.

O papel de Lula é difícil: quebrar a resistência dos evangélicos em relação ao seu nome e ao PT. Ainda falta um bom tempo até as eleições e todo voto faz diferença.

Se quiser conquistar mais eleitores entre os evangélicos, Lula terá que ir atrás de lideranças importantes e costurar acordos para chegar até os fiéis.

Fonte: Veja

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