Assim como a Amazonas Energia, a Águas de Manaus, postos de combustíveis todos exploram os consumidores com os seus medidores, tanto os pendurados nos postes a mais de 40 graus de temperatura, quanto nas bombas de gasolina que ‘saqueiam e exploram’ o povo do Amazonas
No momento, o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Amazonas, Valdemir Santana, disse que se sente no dever de apoiar a luta dos vereadores Cícero Custódio (Sassá) e do presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Caio André, pela luta desigual que os dois estão travando contra a Amazonas Energia e seus famigerados medidores aéreos.
Santana diz que a direção da CUT e do Sindicato dos Metalúrgicos se colocam à disposição para, se necessário, parar a empresa que fabrica os medidores no Polo Industrial de Manaus (PIM). “O que essa empresa está fazendo com o povo amazonense é um crime contra a Lei do Consumidor e um assalto ao bolso dos usuários”, afirma.
Medidores
O sindicalista aconselha as pessoas verificarem os números do consumo doméstico, quando o funcionário da Amazonas Energia for fazer a medição. Conforme disse, todo cidadão brasileiro tem o direito de saber qual é o valor do boleto antes de fazer o pagamento. “A Lei vale para todos os serviços prestados aos cidadãos, tanto na área pública quanto na privada e o Procon tem que fiscalizar. O Inmetro e o Governo do Estado também”, alerta.
Calor em cima do poste
Os contadores da Amazonas Energia tem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), mas para funcionar em uma temperatura normal de 20 a 25 graus, na sombra. Mas quando a Amazonas Energia os coloca em cima do poste, sob o Sol, numa temperatura que ultrapassa os 40 a 45 graus, o consumo aumenta porque o medidor é revestido por alumínio e as altas temperaturas aceleram o consumo.
Assim a empresa consegue aumentar o seus lucro, mesmo com as pessoas não tendo consumido energia. “Neste sentido, a CUT entra na luta para apoiar o vereador Sassá e o vereador Caio André nesta luta”, antecipa Santana.
Grupo Oliveira
“Só a luta, nas ruas, debaixo do poste, enfrentando polícia e trabalhadores da empresa, não vai resolver a questão. Temos que colocar os fiscais do Procon, do Inmetro e do governo para trabalhar”, afirma
Outra, a Empresa de Transformadores da Amazônia (ETAM), é do grupo Oliveira, a mesma que faz a maquiagem de transformadores no Distrito Industrial e também medidores de energia vindos da China. “A fiscalização tem que começar por dentro da fábrica”, aponta.
“Então estou fazendo um apelo solidário para a luta dos vereadores. Por outro lado, peço ao Procon e ao Governo do Estado que acelere a fiscalização na fábrica desses medidores e podem procurar pela CUT, que serão ajudados”.
Contador tem dono
“Se o funcionário da Amazonas Energia vai medir o consumo da Luz, ele tem a obrigação de bater na porta da sua casa, porque o contador é seu, o consumo é seu e ele tem que mostrar quanto foi gasto no mês. Então, nós vamos apoiar o Sassá, o presidente da Câmara e vamos entrar com a nossa equipe técnica, esse detalhe é importante para vencermos esta luta”, finaliza.