A ex-primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko, mais conhecida por Betinha, continua na mira dos órgãos judiciários e tendo que dar explicações à justiça.
Desta vez, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pede esclarecimentos à Central de Inquéritos de Manaus, sobre a apuração de um possível descumprimento em uma decisão que anulou provas contra Elisabeth Valeiko.
A presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, exige clareza no desenvolvimento da apresentação das provas.
Além disso, arrecadações de bens e devoluções de valores públicos também deverão ser explicados. Os esclarecimentos devem ser feitos em até dez dias.
Lavagem de dinheiro
Em 2017, Elisabeth Valeiko foi investigada por supostos crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro, época em que foi presidente do Fundo Manaus Solidária, da prefeitura. Em 2020, o Ministério Público (MP) pediu a decretação das medidas cautelares.
Em outubro do ano passado, um mandado de busca e apreensão foi anulado após decisão da 6ª Turma do STJ. Conforme alegação do ministro Rogerio Schietti, não houve demonstração de que a medida cautelar era imprescindível.
Posteriormente, Valeiko declarou que a Central de Inquéritos não estaria cumprindo a decisão da 6ª Turma.
A esposa do candidato derrotado ao senado, Arthur Neto, também obteve cópias atualizadas do procedimento investigatório criminal e descobriu uma série de diligências baseadas em elementos colhidos por meio das medidas anuladas pelo STJ.