Representantes do Ministério Público Federal (MPF) e so Ministério Público do Amazonas (MPAM) denunciaram as condições de vulnerabilidade social enfrentada por indígenas do Médio Rio Negro. O Procurador da República Fernando Merloto Soave e a Promotora de Justiça Karla Cristina da Silva Sousa cobram a adequação das Políticas Públicas e a articulação das instituições que constituem o Poder Público para garantir a dignidade dos indígenas na busca de acesso aos atos da vida civil.
Uma ação protocolada pelo MPF, no último dia 16, aguarda decisão da Justiça. No âmbito extrajudicial, o MPAM vem buscando articular a atuação de órgãos e representantes do setor privado para viabilizar abrigo e assistência aos indígenas durante o tempo de permanência deles nas sedes dos municípios.
Yanomamis e outros povos indígenas da região são forçados a se deslocar para as cidades, em busca de registro civil e de outros documentos, submetidos a até oito dias de viagem e sendo obrigados a permanecer acampados, em situação precária, na sede dos municípios, a fim de obter acesso aos benefícios sociais e previdenciários prestados pelo Governo.
Em coletiva, foi exibido um vídeo mostrando o desespero e sofrimento de mulheres e crianças indígenas, registrado na semana passada, no Centro de Barcelos, durante um temporal que destruiu totalmente o acampamento precário onde o grupo se abrigava.