Embarcação vai agilizar escoamento de produção em Barcelos/Am

Governo entrega barco cargueiro em Barcelos/Foto: Roberto Carlos

O escoamento da produção extrativista de Barcelos, a 399 quilômetros de Manaus, acaba de ganhar reforço com a entrega ontem (14), de um barco cargueiro para a Cooperativa dos Agroextrativistas dos Povos Tradicionais do Médio Rio Negro (Comagept).
Avaliada em mais de R$ 180 mil, a embarcação, a segunda entregue ao município, faz parte do programa Território Rio Negro da Cidadania Indígena, desenvolvido pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), por meio da Fundação Estadual do Índio (FEI). A iniciativa deve beneficiar mais de 2,5 mil produtores da cidade do interior e comunidades próximas.


“Essa iniciativa trabalha diretamente no rompimento da cultura de exploração dos produtores daquele município, em particular os piaçabeiros. Para nós, isso representa a melhoria na qualidade de vida e no índice de desenvolvimento humano da população indígena e ribeirinha”, disse a titular da Sejusc, Graça Prola.

De acordo com o diretor-presidente da FEI, Bonifácio José, o novo meio de transporte vai agilizar o escoamento de produção das comunidades indígenas, produtores artesanais, extrativistas e ribeirinhos do interior do município até a sede de Barcelos. “Essa embarcação que está sendo entregue hoje vai beneficiar exclusivamente a população de um município, mas nosso trabalho é muito mais amplo e já estamos planejando a entrega de outras unidades para o mês de maio”, adiantou.

Beneficiários – Por meio do programa Território Rio Negro da Cidadania Indígena, já foram entregues quatro barcos, sendo dois para São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros de Manaus), que também recebeu um ônibus. Além dos dois transportes fluviais, Barcelos foi beneficiada com uma picape. Uma retroescavadeira foi enviada também para Santa Isabel do Rio Negro (a 631 quilômetros de Manaus).

Além de melhorar a logística de escoamento de produção da comunidade, o projeto também visa promover desenvolvimento social, organização sustentável da produção, infraestrutura e ações fundiárias. O que para o presidente Comagept, Alberto Peres, é essencial para a vida econômica dos produtores do interior.

“Isso é a realização de um sonho para nós. Com esses novos equipamentos e veículos, todos podemos produzir sem o receio de não poder escoar nossos materiais para o mercado de todo o Estado. É uma facilidade que muda toda nossa realidade econômica”, explica.

Cidadania – O programa Território Rio Negro da Cidadania Indígena é realizado em parceria entre os governos estadual e federal e tem o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e universalizar programas básicos de cidadania, numa estratégia de desenvolvimento territorial sustentável para as populações, entre as quais as indígenas. Áreas como educação e saúde também são contempladas.

Lançado em 2008 pelo Governo Federal, o programa é desenvolvido com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O Território do Rio Negro abrange uma área de 295 mil quilômetros quadrados e uma população total de 80 mil habitantes, dos quais 49 mil (61,87%) vivem na área rural. Os números são do MDA, que aponta ainda a existência de quase 3 mil agricultores familiares, sendo 54 famílias assentadas e 12 terras indígenas.

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