Investir em ações voltadas para o segmento da Economia Solidária é uma das políticas prioritárias defendidas pela vereadora Rosi Matos (PT) em seu mandato. Com o intuito de fortalecer essa prática, a parlamentar apresentou a Emenda nº305/2014 à Lei Orçamentária Anual (LOA) 2015, direcionada para os Bancos Comunitários, já existentes e os próximos a serem inaugurados na cidade de Manaus. Com a aprovação da referida emenda na Câmara Municipal de Manaus (CMM), a parlamentar reuniu nesta sexta-feira (28) com o coordenador estadual do Programa de Economia Solidária, Domício Gamenha, e coordenadores e agentes dos Bancos Comunitários Conquista (Colônia Antônio Aleixo), Liberdade (Morro da Liberdade) e dos futuros bancos.
Na presente reunião, a vereadora informou sobre a emenda em apoio aos bancos comunitários alocando recurso de R$50 mil a mais no orçamento de 2015 da Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Desenvolvimento (Semtrad), tendo em vista que a Prefeitura destinou para os bancos comunitários apenas R$ 44 mil para financiar pequenas necessidades em material e capital de giro. Em contrapartida, os coordenadores e agentes relataram para a vereadora o processo de funcionamento dos bancos, criação e contribuição para o desenvolvimento econômico social das comunidades de modo a estimular o comércio local.
De acordo com os coordenadores, o banco comunitário é um projeto que deu certo aqui na cidade assim como em todo país, embora ainda vejam a necessidade de mais apoio, neste caso, de recursos para que o projeto se desenvolva rapidamente e possa se expandir para outros bairros. É a partir dessa necessidade, que se destaca a atitude da vereadora em ter apresentado uma proposta que vai beneficiar toda a comunidade onde estão instalados os bancos atualmente.
Bancos Comunitários: como funciona essa política
Em 2011, foram implantados em Manaus, dois bancos comunitários que ainda funcionam normalmente: “Conquista”, no bairro Colônia Antônio Aleixo; e “Liberdade”, no bairro Morro da Liberdade, nas dependências da Agência de Desenvolvimento Local (ADL-Cajual). Nos municípios Parintins e Barreirinha, também funcionam bancos comunitários. A previsão é de sejam instalados mais quatro bancos, dentre esses, um em Novo Airão. Cada banco comunitário possui uma moeda própria. No Banco Conquista, a moeda chama-se Liberdade, e no banco Liberdade, a moeda é o “Tucumã”. Cada valor da moeda social corresponde ao real. Portanto, 1 tucumã corresponde a R$1 real, por exemplo. Os valores das moedas sociais são 0,50 (cinquenta) centavos de Liberdade ou Tucumã; e 1 (Um), 2 (Dois), 5 (Cinco) e 10 (Dez) Liberdade ou Tucumã – o nome da moeda social varia conforme o nome do banco.
A iniciativa de se implantar o banco nas comunidades é de gerar emprego e renda valorizando e incentivando o empreendedorismo local, possibilitar inclusão social e financeira, democratização do crédito, credibilidade e visibilidade a comunidade, e outros benefícios. Logo, tudo que é comprado com a moeda social fica na própria comunidade e não nas grandes redes de supermercado. Daí a lógica, pois a partir do momento que o cliente compra com a moeda social, além de ganhar descontos no valor da compra – que variam de 5% a 10% nos estabelecimentos cadastrados – ele estará contribuindo para o crescimento econômico da sua comunidade.
Texto e foto: Suzy Figueiredo