Está passando da hora de a classe política ir à Justiça defender o Amazonas, diz sindicalista

Valdemir Santana, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e da CUT-AM - foto: Sindmetal

É preciso defender os empregos, a economia do Amazonas, antes que as 722 empresas percam a competitividade e deixem o Polo Industrial de Manaus (PIM), que garantem uma média de 98 mil empregos diretos e mais outros 450 mil indiretos, além de correr o risco de ver a industrial naval ativa e lucrativa, deixar o Estado.


A opinião é do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, ao falar sobre o famigerado decreto nº 11.047/2022, que reduz em 25% as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no país. Este ato, segundo ele, afeta de morte as indústrias e toda a economia do Amazonas, mesmo com a Lei de Incentivos Fiscais para a Zona Franca de Manaus (ZFM) continuar valendo até 2073.

Chamando o ato de Bolsonaro de um ‘ataque ao Amazonas’, Valdemir diz que a redução de IPI em 25% vai criar uma legião de desempregados, comprometer a arrecadação pública, serviços e a circulação de dinheiro no comércio que, certamente, levará centenas de comerciantes à falência.

Governo à Frente

“É hora de o governador Wilson Lima tomar a frente, para evitar um dano maior ao Estado”, comenta Santana. O governador, na opinião do sindicalista, pode convocar os políticos de todas as agremiações partidárias, para apoia-lo em um pedido de Ação de Inconstitucionalidade em favor da ZFM e contra o Decreto presidencial, que está afetando a manutenção dos incentivos fiscais do Polo Industrial de Manaus (PIM), garantido por Lei até 2073.

“Está passando da hora de por um fim nas medidas malignas desse governo, está passando da hora dos políticos lutarem pela população e cobrar uma posição enérgica da justiça, contra esse governo famigerado”, aponta Santana, que avisa: “se o governador quiser a classe trabalhadora vai junto com ele para as ruas, protestar contra essa insanidade do governo federal”.

Risco de morte

Para o sindicalista, Valdemir Santana, o risco só tem aumentado desde 2018, com os inúmeros atos do governo Jair Bolsonaro, que agora resolveu dar o golpe final na ZFM, na competividade das empresas, nos empregos existentes no Polo Industrial de Manaus (PIM), e forçar as industrial a deixarem o parque industrial do Estado.

Governando de costas

Conforme disse Santana, o governo federal está de costa para o Amazonas desde o primeiro dia do mandato usurpado de Michel Temer (MDB), em 31 de agosto de 2016. Desta data em diante, a Zona Franca de Manaus (ZFM), vem sofrendo perda de competividade, empregos, investimentos, empresas e a garantia de continuidade.

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