“Eu comeria índio cozido com banana”, afirmou bolsonaro ao New York Times – canibal

Como foi a entrevista em que Bolsonaro afirmou que 'comeria índio sem problema algum' - foto: canibal/news

O vídeo de 30 segundos em que Jair Bolsonaro afirma que “comeria um índio sem problema algum”, viralizado nas redes sociais e usado nas inserções televisivas do PT nesta sexta-feira, faz parte de uma entrevista maior do presidente para o New York Times, concedida em 2016.


Disponibilizada no canal oficial de Bolsonaro no Youtube, a íntegra traz outras declarações polêmicas do então deputado federal, que repetiu que não houve ditadura no Brasil, afirmou que nordestinos são chamados de pau de arara “de forma carinhosa” e, em dado momento, chegou a defender vacinas.

A menção ao suposto canibalismo acontece quando Bolsonaro conta ao repórter sobre uma visita a uma região indígena no Norte do país. “Morreu um índio e eles estão cozinhando. Eles cozinham o índio, é a cultura deles. Cozinha por dois, três dias e come com banana””, descreveu o hoje presidente.

Contudo, Junior Hekurari, presidente do Condisi (Conselho do Distrito Sanitário Indígena) Yanomami, negou em declaração à Agência Púbica que o povo indígena Yanomami do Surucucu realize rituais com canibalismos.

Eu queria ver o índio sendo cozinhado

Daí o cara falou: “Se for, tem que comer”. Eu falei: “Eu como!” Como a comitiva não quis ir, porque tinha que comer o índio, e não queriam me levar sozinho lá, aí não fui. Eu comeria o índio sem problema nenhum, é a cultura deles, e eu me submeti àquilo – continuou Bolsonaro.

No bate-papo, Bolsonaro adiantou seus planos de se tornar presidente da República, concretizados dois anos depois. Logo no início da conversa, ele critica a esquerda e o Partido dos Trabalhadores, afirmando que “a política do PT é de igualdade na miséria”.

O então deputado federal também comenta o desmatamento na Amazônia, criticando as demarcações indígenas, e garante que não houve ditadura no Brasil.

— Ditadura? No Brasil? Mas eu não sei aonde. Quem quisesse ir para Miami iria naquela época. Algum cubano pode vir pra cá? Que ditadura? Você ia e vinha, andava à vontade. Tinha segurança, tinha saúde, tinha educação — avaliou.

Ao abordar sua experiência no Haiti, Bolsonaro disse que “viu mulheres se oferecendo por sexo sem higiene nenhuma”. Questionado se ficou doente durante a viagem, o presidente respondeu que não, por conta da vacinação.

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