O ex-soldado do Exército Danrley Erik dos Santos Souza, de 20 anos, foi preso suspeito de atuar em nove homicídios, em Manaus. Segundo a Polícia Civil, ele fazia parte de um grupo criminoso ligado ao traficante João Pinto Carioca, conhecido com João Branco.
O homem foi apresentado na Delegacia Especializada em Homicídios de Sequestros (DEHS) nesta sexta-feira (19). Segundo o delegado Juan Valério, a polícia vai pedir informações do Exército sobre a conduta do suspeito, uma vez que o grupo criminoso cometia crimes com armas exclusivas das forças armadas.
“Precisamos saber qual era função dele, porque, na época do alistamento militar, Danrley já fazia parte dessa organização criminosa que usa armas de uso exclusivo das forças armadas na execuções de seus desafetos”, disse.
Segundo ele, Danrley teria a função de levar armas para realização dos crimes. “Precisamos saber se houve desvio de armas ou munições do Exército no período em que esteve servindo, pois uma das funções do Danrley na organização criminosa era levar armas para as execuções”, Explicou.
O grupo para qual o suspeito atuava teria a participação em mais de 30 homicídios em Manaus, em 2017. Danrley é o sexto integrante do grupo criminoso a ser preso. Três deles ainda estão foragidos.
O titular da DEHS disse ainda que o ex-soldado confessou ter participado de dois homicidios. Durante as diligências, a polícia constatou que o homem teria participado de mais sete.
“O bando era comandado por ‘João Branco’, que dava as ordens que eram executadas pelos outros integrantes que dirigiam os carros, levavam as armas ou até mesmo faziam tocaia para executar os desafetos. Na organização, seguiam a hierarquia liderada pelo narcotraficante”, disse Valério.
O homem foi preso em cumprimento de mandado de prisão, expedido no dia 12 de julho de 2017, pelo juiz Anésio Rocha Pinheiro, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. Na hora da abordagem dos policiais, o ex-soldado estava com R$ 1 mil em espécie, segundo a polícia.
Darnley foi indiciado por homicídio e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde ficará à disposição da Justiça.
Fonte: G1
