Fecani experimenta um dos piores público da história

O 31 Festival da Canção de Itacoatiara, que está acontecendo nesses dias 04, 05 e 06 no município de Itacoatiara (a 280 quilômetros de Manaus), está caminhando para ser um dos piores festivais de todos os tempos, com público reduzido e atrações musicais sem interesse da população local e de visitantes.O 31 Fecani, começou mal no seu nascedouro. Depois de enfrentar o anúncio de falta de apoio do governo do Estado, o Fecani contou com informações negativas de estrada ruim, esburacadas e perigosa e show da atração principal repetitivo, uma vez que a banda Raça Negra, já se apresentou em Manaus e Maués, esses dias.
Ontem, 05, no segundo dia do Fecani, podia-se contar a dedo o número de pessoas nas arquibancadas e em frente ao palco. A decepção dos itacoatiarenses com o festival se reflete na própria frequência ao Centro de Convenções Vereadora Juracema Holanda, local das atrações e onde o parque de diversão tem chamado mais atenção dos moradores do que as próprias músicas do Festival.


Mais decepcionados estão os permissionários das barracas, que pagam em média R$ 300 a R$ 400 por ponto, dependendo da localização. Sem público, e vendas minguadas, a tendência é eles amargarem grandes prejuízos.

Hoje, domingo (06), espera-se um público melhor no local do evento, embora muitos não acreditem nisso. A rádios locais Difusora e Panorama, passaram o dia de ontem (05), dizendo que a organização do Fecani esperava em torno de 31 mil visitantes vindo de Manaus e de municípios vizinho. Não foi o que aconteceu. A cidade está como nos dias normais, na sua rotina diária.

No centro de Itacoatiara a vida e a movimentação transcorre normalmente, mas com os comerciantes ressentindo a falta de visitantes e clientes para os seus comércios. Muitos se prepararam para as grandes vendas que se registravam em festivais anteriores.

Estrada esburacada

Nenhum cidadão, em sã consciência vai entender porque existem grandes trechos da estrada recapeados e outros trechos pequenos, não. O motorista que trafega pela AM 10 tem que ter atenção redobrada em toda a estrada, mas do quilômetro 140 até a Vila de Lindóia, tem pista boa, recapeada e trechos de 100 metros que é só crateras, mal dá para passar um carro de cada vez.

Da Vila de Lindóia até Itacoatiara, mais especificamente do quilômetro 210 ao 270, a estrada requer mais cuidado ainda. Em muitos trechos o motorista tem que trafegar na contramão, correndo risco de morte e danos materiais, constante.

Para a professora Elizabete Coimbra, o Fecani tem que passar por uma repaginada geral. É preciso atualizar, modernizar o Festival que acontece a 31 anos da mesma forma e feito pelas mesmas pessoas. De acordo com ela, o trabalhar social que deveria existir no pós Festival, nunca aconteceu por falta de cobrança, até, do próprio itacoatiarense.

Elizabete defende a proposta de reestruturação integral do projeto Fecani, que vai da estrada “feita com responsabilidade” à eleições gerais na Associação Itacoatiarenses Residentes em Manaus (Airma), associação responsável pelo Fecani e que nos últimos 31 anos só teve dois nomes como presidentes. Ela também aposta em um trabalho social, com jovens, no decorrer do ano, como objeto das próprias atrações atrações do Fecani.

A proposta inicial do Fecani era o promoção e a valorização da cultura regional, a música, os interpretes, os cantores e artistas itacoatiarense. “Com o tempo, o Fecani foi perdendo a sua finalidade e objetivos para chegar ao que está hoje, um festival esvaziado pelo seu próprio comodismo”, finalizou a professora Elizabete.

A espera do público que ainda não chegou...
A espera do público que ainda não chegou…
O centro de convenções,local do festival, vazio...
O centro de convenções, local do festival, vazio…
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