Membros da executiva estadual do PT no Amazonas começam a ficar incomodados com a insistente permanência de filiados do partido em cargos na administração pública estadual e municipal. A discursão partiu de setores internos da legenda, que não aceita ver filiados sendo controlados por tendências de direita, em troca de favores e cargos.
O fato ocorre em meio à decisão municipal por candidatura própria à prefeitura de Manaus, em 2024, e momento em que as esquerdas estaduais se veem sob fogo cerrado e ataques midiáticos da direita no Amazonas.
Fonte interna da legenda diz que setores da Executiva Estadual passaram a exigir que integrantes do partido entregue imediatamente os cargos ocupados nos governos estadual e municipal ou terá que se desfiliar do PT.
Esta mesma fonte alertou que a medida visa proteger as possíveis interferência e tomadas de decisões, que certamente acontecerão caso membros da direção estadual continuem insistindo em manter o vínculo empregatício como moeda de troca.
Este ano a executiva estadual do PT no Amazonas votou uma resolução do diretório estadual confirmando que não estaria compondo com nenhum partido de direita, extrema direita e nem de Centro para as Eleições municipais 2024.
Mineração
Para piorar a posição dos ‘empregados pelo serviço público’, um deles é secretário estadual e, também, árduo defensor da mineração no Amazonas, inclusive em terras indígenas. Evidente que exerce uma posição totalmente contrária à política ambiental do Governo Federal e do PT Nacional.
“Por outro lado, não podemos aceitar gente do partido ‘apontando o dedo’ para a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para defender políticas de devastação ambiental implantadas por governos extremistas de direita”, defende integrante da Executiva.