Garimpeiros são mortos na Terra Yanomami e família pede resgate dos corpos

Foto: Recorte

Na remota Terra Indígena Yanomami, uma tragédia chocante assola a comunidade, com a notícia do falecimento de três garimpeiros: Josafá Vaniz da Silva, de 52 anos, Luiz Ferreira da Silva, de 50 anos, e Elizângela Pessoa da Silva, de 43 anos. O trio foi encontrado sem vida após um suposto ataque por indígenas, conforme relatado por familiares e confirmado pela Polícia Civil nesta terça-feira (13).


Segundo informações divulgadas pela polícia, os fatos ocorreram no último dia 8 de fevereiro, quando os três garimpeiros estavam em uma área situada entre o Parima e a região conhecida como “Dicão”. Os parentes das vítimas afirmam que o ataque foi surpreendente e que os indígenas estariam armados com arcos, flechas e até mesmo armas de fogo. O incidente gerou um boletim de ocorrência registrado no 4º Distrito Policial nesta segunda-feira (12), com solicitação de providências e resgate dos corpos.

Elizângela, uma das vítimas, desempenhava o papel de cozinheira no garimpo, segundo informações adicionais fornecidas pela polícia. Em resposta ao ocorrido, as autoridades estão mobilizando uma força-tarefa para acessar a região, caracterizada por sua dificuldade logística devido à localização remota em uma área de mata densa.

“A Polícia Civil está comprometida em enviar todos os esforços necessários para resgatar os corpos das vítimas”, destacou a nota divulgada pelas autoridades.

Adicionalmente, foi informado que a Polícia Civil está em contato com o Exército Brasileiro para obter apoio logístico, visando facilitar a chegada da equipe de agentes, delegados e peritos até o local do incidente. O Corpo de Bombeiros também se prepara para integrar a comitiva.

No entanto, até o momento desta publicação, o Exército Brasileiro não forneceu uma resposta oficial sobre o assunto, mesmo após ser procurado pela equipe de reportagem do G1.

Essa tragédia ocorre em um momento de intensa tensão na Terra Yanomami, o maior território indígena do Brasil, que enfrenta uma crise sanitária sem precedentes. A região vem sofrendo com a crescente presença de garimpeiros, cuja exploração mineral avançou alarmantes 54% no ano de 2022. Esse avanço desenfreado resultou em doenças, devastação ambiental e, infelizmente, conflitos armados, com relatos de mortes e violência.

Fonte: G1

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